Esporte
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14 de agosto de 2015
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13:12

Argel: ‘Vamos trabalhar para ter um time guerreiro’

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br

Do blog do Mário Marcos

Pouco depois do anúncio oficial do Figueirense, Argel Fucks, 40 anos, gaúcho de Santa Rosa, concedeu, ainda em Florianópolis, sua primeira entrevista como novo técnico do Inter. Com seu estilo próprio, de muitas vezes falar na terceira pessoa, Argel revelou-se satisfeito, vibrou com a chance e lembrou suas origens no clube como razão para ter confiança no trabalho.

Acompanhado por um auxiliar, ele chega nesta sexta, assina, dirige o primeiro treino e comanda a equipe na partida de domingo, contra o Cruzeiro, em Minas.

A entrevista:

A CHANCE NO INTER

– Estou muito satisfeito. Devo muito ao Inter. Foi o clube que me deu chance de ser jogador profissional, de chegar à Seleção, de ter ganhado o mundo. Dormi cinco anos embaixo da arquibancada, ganhei títulos e agora volto como treinador. Prometo muito trabalho, muita dedicação. Há qualidade técnica, não tenho dúvidas. Temos de trabalhar jogo a jogo para ter um time guerreiro, competitivo, com sangue nos olhos, com atitude diferente. Futebol de hoje está muito equilibrado, só qualidade já não serve. É preciso garra.

PROBLEMAS DO INTER

– Para mim é normal (chegar em clube envolvido em dificuldades). Quando cheguei no Figueirense no ano passado o time era um dos últimos da tabela, não conseguia ganhar uma em casa. Não é novidade, portanto. Nunca me contrataram para uma equipe que estivesse bem – e nem acho que o Inter está tão mal assim. O Inter tem o campeonato, tem o atalho da Copa do Brasil para a Libertadores. Vou pensar nisso, jogo a jogo.

ORIGENS

– Vou chegar a um lugar que conheço, sou da aldeia. Chego num clube que me revelou para o futebol. Muitos dizem que os grandes ídolos não se dão bem no Inter, mas nunca fui ídolo como Falcão, Dunga, Taffarel, não terei este problema. Sempre fui um jogador normal.

PROJETO

–  Sei que tenho um clube grande, com uma torcida entusiasmada. Vou com calma, pensar jogo a jogo. Formar um time copeiro, aguerrido porque a qualidade técnica existe lá e é muita.

O VESTIÁRIO

– Espero encontrar um vestiário normal. Conheço muito bem estes jogadores. Alguns até jogaram comigo, como o Dida, que foi campeão júnior comigo na Austrália. Não tenho problema nenhum, estou certo de que a convivência será profissional, tranquila.

D’ALESSANDRO (Argel e D’Alessandro tiveram discussão durante jogo em 2010)

– Quando estou numa equipe visto a camiseta dela. Ainda mais no time em que comecei. Então a gente briga, discute, isso é normal. Conheço bem o D’Alessandro, o jogador com mais tempo de casa. Gosto do estilo dele, do perfil, gosto de jogador com sangue quente. Vou ter convivência boa.

TORCEDORES

– Olhei as estatísticas e as redes sociais e vi respaldo pela minha contratação. É só olhar meu currículo. O torcedor quer um treinador com entrega. Chego com respaldo muito grande. Mais importante ainda, com apoio do torcedor. Se o Inter é campeão de tudo é muito por causa da torcida. Existe uma química, interação muito grande.


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