Desde que Roger Machado assumiu em lugar de Luiz Felipe, o Grêmio disputou oito jogos no Brasileirão, venceu seis (cinco consecutivos), empatou um e perdeu outro. Ganhou, portanto, 19 dos atuais 23 pontos que deixam o Grêmio encostado na liderança (só perde a ponta para o Atlético-MG pelo saldo de gols).
Por que o Grêmio mudou tanto em tão pouco tempo?
Basta prestar atenção no que o time faz em campo para descobrir as razões.
O time de Roger dá preferência absoluta pelos fundamentos do futebol.
A troca de passes passou a ser natural, consequência dos inúmeros treinos em pequenos espaços do campo. Foi assim contra o Santos: passes certos, quase sempre em direção ao ataque, deslocamentos para facilitar o trabalho de quem tem a bola e triangulações. Com a proximidade, fica mais fácil cumprir a função e reduzir os riscos de erros.
O Grêmio de hoje joga com maior velocidade – ou intensidade, como Roger gosta de destacar. Em casa ou fora, este ritmo acaba incomodando o adversário.
Em muitos jogos é possível ver Roger, na área técnica, abrir os braços e sinalizar com os indicadores. É o sinal para que o time jogue pelos lados, amplie o campo e dificulte a marcação do adversário.
Para completar, ele encontrou uma forma de aproveitar ao máximo a qualidade de três jogadores fundamentais: Douglas, Giuliano e Luan. Eles centralizam quase toda a movimentação da equipe e deles partem as jogadas buscando a velocidade de Pedro Rocha.
– O quarteto ofensivo funciona somente porque estamos bem no coletivo – explica Roger.
Roger continua destacando que é cedo para fazer projeções sobre a campanha do time, mas começa a se preocupar com outra questão para as próximas partidas:
– Passamos de atirador a vidraça. Irão estudar nossa estratégia, então teremos que fazer mais nos próximos compromissos.
É o ônus de quem está vencendo.