Integrante de maior geração de jogadores já reunida em um mesmo time brasileiro, o Santos dos anos 50/60, líder daquela constelação a ponto de dar grandes broncas em Pelé, o paulista José Ely de Miranda, o Zito , paulista de Roseira, morreu em sua casa de Santos na madrugada desta segunda-feira, aos 82 anos. Ele estava em casa nos últimos meses, sendo atendido por uma equipe médica, depois de ter sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral). A morte foi divulgada pela assessoria de imprensa do clube.
Zito será sepultado na tarde desta segunda, em sua cidade natal, depois de ter sido velado em Santos.
Ele sempre foi um jogador diferenciado, não apenas em campo. Tinha uma conduta superior, era líder ouvido no time e na Seleção, era alguém consultado o tempo todo. Zito era o capitão daquele time, ouvido dentro e fora do campo.
Além de ser parte daquela equipe mágica do Santos, Zito foi um dos responsáveis pelo sucesso das categorias de base do clube. Uma de suas descobertas foi Neymar, hoje principal jogador do futebol brasileiro.
Pelo Santos, Zito foi bicampeão da Libertadores e do Mundial, em 1962 e 63, ao lado de Pelé, Pepe e Coutinho. Tem uma coleção de títulos do campeonato paulista e foi bicampeão mundial pela Seleção, na Suécia (1958) e no Chile (1962). No bi, foi dele um dos gols da vitória final de 3 a 1 sobre a então Checoslováquia, apesar de ser o chamado centromédio – alguém que ficava em frente aos zagueiros, sem liberdade para avançar, como nos dias de hoje.
Era um jogador moderno.
Ficou 15 anos no Santos, de 1952 a 1967.
