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10 de dezembro de 2015
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16:41

Cineasta Jorge Furtado debate na Assembleia crescimento do ódio e da intolerância

Por
Sul 21
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Cineasta Jorge Furtado debate na Assembleia crescimento do ódio e da intolerância
Cineasta Jorge Furtado debate na Assembleia crescimento do ódio e da intolerância

Da Redação*

O cineasta Jorge Furtado debaterá o crescimento do ódio e da intolerância no próximo sábado (12), às 17 horas, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa. A atividade integra o painel Brasil em Perspectivas, promovido pelo gabinete da deputada estadual Stela Farias e do deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), com apoio do Legislativo gaúcho. O evento tem entrada franca.

“Precisamos debater este assunto de grande importância para ampliar o diálogo civilizado na sociedade e avançar nas agendas democráticas, evitando retrocessos e reduzindo o clima belicoso nas relações sociais”, convida Fontana.

“Vamos refletir coletivamente sobre a intolerância e o ódio crescente e, particularmente a influência da mídia na construção deste clima.  Esse ambiente ocorre não só na política, mas na questão racial, sexual, de gênero. Vivemos enorme recrudescimento  desse processo que  atinge diretamente os direitos da pessoa humana. Convidamos para a atividade, mas especialmente para atuar na sociedade para assegurar o processo democrático de convivência e respeito às diferenças”, registra a deputada estadual Stela Farias.

Produção premiada e instigante

Em suas manifestações e trabalhos Jorge Furtado reflete e denuncia as desigualdades sociais, a condução das narrativas nos meios de comunicação. Em recente artigo em seu blog, por exemplo, com o título  “Somos racistas”, diz: “Não sei quando, no Brasil, a discordância democrática e civilizada passou do ponto e se tornou a intolerância que temos hoje. Sei que o racismo que formou nosso país, a última nação escravagista do Ocidente, é a mais cruel e desumana forma de violência. Como explicar a uma criança que ela é discriminada por causa da cor da sua pele? Como sonhar com a possibilidade de um dia virmos a ser um país civilizado sem assumirmos e superarmos nossa criminosa desigualdade social e o nosso escandaloso racismo?”.

Em outro artigo deste ano, ”O golpe e os golpistas”, analisa: “Por coincidência, há uma perfeita relação entre o aumento do poder aquisitivo do salário mínimo, as conquistas de direitos das populações mais pobres e a revolta das elites contra os governos que as promovem. A Casa Grande não costuma aceitar docilmente esta ideia estranha de que cada um vale um voto e que, para chegar ao poder, precisa ganhar eleições”.

Na 43ª edição do Emmy Internacional – considerado o Oscar da TV –, Furtado foi premiado pela melhor série de comédia com “Doce de Mãe”, coprodução da Rede Globo com a Casa de Cinema de Porto Alegre. Outra produção com vários prêmios é o documentário “Mercado de Notícias” onde jornalistas renomados discutem o papel da mídia e sua influência na democracia, baseado na peça cômica do dramaturgo inglês Bem Jonson (1572-1637).

*Com informações da Assessoria do Deputado Federal Henrique Fontana 


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