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9 de setembro de 2015
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15:16

Fortunati volta a pedir o apoio da Força Nacional e culpa parcelamento pelo aumento da violência

Por
Luís Gomes
luisgomes@sul21.com.br
Fortunati volta a pedir o apoio da Força Nacional e culpa parcelamento pelo aumento da violência
Fortunati volta a pedir o apoio da Força Nacional e culpa parcelamento pelo aumento da violência
09/09/2015 - PORTO ALEGRE, RS, BRASIL - Evento marca acordo para revitalização da orla do Guaíba | Foto: Caroline Ferraz
Fortunati conversou com a imprensa durante evento sobre a revitalização da orla do Guaíba | Foto: Caroline Ferraz

Luís Eduardo Gomes

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, voltou a defender, na manhã desta quarta-feira, que o governador do Estado, José Ivo Sartori, solicite o apoio da Força Nacional para ajudar a combater o aumento da violência registrado nas últimas semanas, que, segundo ele, é decorrente do parcelamento dos salários dos agentes de segurança pública.

Fortunati afirmou que já conversou com o governador sobre o tema e que pediu uma reunião com ele, mas o encontro ainda não foi marcado. “Naturalmente, o governador, como comandante maior das forças de segurança, aceitará ou não a minha sugestão”, disse prefeito, que conversou com a imprensa nesta manhã durante evento que marcou a assinatura do contrato para o início das obras de revitalização da orla do Guaíba nas proximidades da Usina do Gasômetro.

Por outro lado, Fortunati negou que a prefeitura poderia ceder parte do efetivo da Guarda Municipal para auxiliar no policiamento ostensivo da cidade, sugestão feita na segunda-feira pelo secretário de Segurança estadual, Wantuir Jacini. O prefeito afirmou não entender porque não se convoca a Força Nacional, que estaria disponível e poderia ajudar no policiamento ostensivo em um prazo de 48 horas, “sem custar um centavo para o Estado”, enquanto se solicita o apoio da Guarda Municipal.

“O que não pode acontecer é nós partirmos do pressuposto que eu vá tirar um guarda municipal de uma escola que fica lá na Bom Jesus, que fica na Lomba do Pinheiro, que fica lá na Restinga, em locais que são absolutamente complexos, para trazer para a área central da cidade. Isto eu não farei. Os guardas municipais têm que cumprir com o dever de cuidar dos espaços públicos do município e nós vamos continuar protegendo as nossas crianças e quem vai para nossas unidades básicas de saúde, que sofrem com a violência a todo momento”, disse o prefeito. .

Apesar de falar que há uma onda muito forte de boatos circulando pela cidade, o que ajudaria a aumentar a sensação de insegurança, Fortunati reconheceu que os índices de violência aumentaram especialmente depois de o governo do Estado começar a parcelar os salários do funcionalismo público.

“Não dá para imaginar que a violência cresceu por nada, ela cresceu por causa do parcelamento dos salários. A Polícia Civil começou a fazer operação padrão. Tivemos greve. A BM muitas vezes se sentiu impedida de sair. O que fazia anteriormente? O colete estava vencido, ela saia às ruas. A partir do parcelamento dos salários não saiu mais. Veículo com a licenciamento vencido passou a não sair mais. Isso aumentou em muito a sensação de insegurança e os malfeitores obviamente aproveitaram”, afirmou o prefeito. “A resolução da segurança pública em Porto Alegre passa por duas questões: emergencialmente com a vinda da Força Nacional e com o pagamento integral dos salários”, complementou.

Fortunati defende aumento do ICMS

O prefeito afirmou, porém, que “não existe milagre” para solucionar a crise financeira do Estado e defendeu o aumento do ICMS. “Eu defendo, com muita tranquilidade, aumento de ICMS, porque todas as demais propostas não respondem ao caixa do Estado”, disse.

Apesar de estar licenciado do PDT no momento, ele garantiu que o partido dará seu apoio à proposta de elevação de impostos de forma temporária. “O PDT já decidiu que vai votar a favor por um período determinado de três anos do ICMS, que é uma tese que eu sempre defendi. Se é uma situação emergencial, então a busca do aumento do ICMS também deve ser emergencial”, afirmou.


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