

Débora Fogliatto
Das 9h às 10h da manhã desta quarta-feira (15), trabalhadores rodoviários realizaram uma Operação Tartaruga, em que os ônibus andaram a 30 km/h no trajeto da Avenida Osvaldo Aranha ao centro de Porto Alegre. A decisão de realizar o protesto foi tomada após a categoria rejeitar por unanimidade a contraproposta patronal feita pelas empresas de ônibus na noite de terça-feira.
O Sindicato das Empresas de Ônibus (Seopa) propôs durante a reunião o reajuste no valor da inflação, o que os rodoviários consideraram insuficiente, segundo Luís Afonso Martins, funcionário da Carris e integrante do Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu). A ATP, que preferiu se manifestar através de nota, afirmou que também propôs renovar os acordos de vale-alimentação, passe livre gratuito, quinquênio e garantia da função de cobrador. Segundo a empresa, “a proposta é resultado de um esforço das concessionárias para atender, ainda que parcialmente, as demandas dos seus trabalhadores”.
Após rejeitarem a proposta, os trabalhadores optaram por entrar em estado de greve. “O sindicato ficou de oficializar e informar essa decisão ao Ministério Público e às autoridades. Podemos parar a qualquer momento nas próximas 72 horas”, informou Luís Afonso. A Operação Tartaruga pode voltar a ocorrer no final da tarde, assim como mobilizações de rua.
A EPTC informou que a operação começou às 8h50 e acabou um pouco antes das 10h, e que não há estimativa da quantidade da frota que participou. O diretor-presidente da empresa, Vanderlei Cappellari, destacou que a EPTC não pode interferir nas negociações. “Nós só acompanhamos o processo porque interfere diretamente na vida da cidade, mas não podemos interferir na negociação”, garantiu.