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30 de maio de 2016
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20:59

Temer retarda decisão sobre Silveira e chefes da CGU podem entregar cargos

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Temer retarda decisão sobre Silveira e chefes da CGU podem entregar cargos
Temer retarda decisão sobre Silveira e chefes da CGU podem entregar cargos
Fabiano Silveira | Foto: EBC Memória
Fabiano Silveira | Foto: EBC Memória

Hylda Cavalcanti

Da RBA

Aumentou ainda mais, nas últimas horas, a pressão ao presidente interino Michel Temer para que tome alguma atitude em relação ao caso do ministro da Transparência, Fabiano Silveira, que foi flagrado numa conversa gravada com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, dando orientações a ambos sobre como agir na operação Lava Jato. Representantes da Controladoria Geral da União (CGU) em 22 estados tinham prometido entregar os cargos se nada fosse feito, nos próximos dias. Mas vários deles declararam a intenção de deixar seus cargos hoje (30) mesmo.

Segundo informações confirmadas por servidores da Controladoria Geral da União, o motivo dessa decisão ter sido antecipada teria sido o fato de a reunião realizada entre Temer e parte da equipe ministerial, no início da tarde, para discutir entre outros temas a questão do ministro Silveira, não ter apresentado qualquer posição oficial do Executivo a respeito.

Entre assessores de ministros mais próximos a Michel Temer, como Eliseu Padilha (Casa Civil), há uma discussão sobre ser necessário ou não exonerar o ministro, pelo fato de que, legalmente, as gravações podem não ser consideradas “provas consistentes para incriminá-lo”. Do ponto de vista do desgaste político, entretanto, há um segundo grupo que avalia que o estrago precisa ser resolvido em pouco tempo.

O acordo para entrega dos cargos de chefia da CGU nos estados, foi acertado entre os chefes regionais, que integram – com a mudança de nome da pasta – o chamado ministério de Transparência, Fiscalização e Controle (antes CGU). Foi confirmado informalmente pela CGU em Brasília e pelo coordenador do órgão em São Paulo, Roberto Viégas.

Revogação de MP

Os servidores de carreira do órgão pedem, além da saída do ministro, a revogação da medida provisória que transformou a CGU em ministério. Isso porque a mudança tirou da Controladoria o vínculo que o órgão tinha com a Presidência da República.

Em nota, o Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical) destaca que diante da revelação das gravações, Fabiano Silveira “demonstrou não preencher os requisitos de conduta necessários para estar à frente de um órgão que zela pela transparência pública e pelo combate à corrupção”.


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