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4 de novembro de 2015
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17:01

Deputada se arrepende de apoiar projeto de lei de Eduardo Cunha que dificulta aborto após estupro

Por
Sul 21
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Deputada se arrepende de apoiar projeto de lei de Eduardo Cunha que dificulta aborto após estupro
Deputada se arrepende de apoiar projeto de lei de Eduardo Cunha que dificulta aborto após estupro
A deputada Renata Abreu (PTN-SP): 'depois da votação, passei a conversar com mulheres que foram vítimas de estupro e percebi que a questão não é tão simples assim'. Luis Macedo / Câmara dos Deputados
A deputada Renata Abreu (PTN-SP): ‘depois da votação, passei a conversar com mulheres que foram vítimas de estupro e percebi que a questão não é tão simples assim’. Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Do Opera Mundi

A deputada federal Renata Abreu (PTN-SP) considera mudar seu posicionamento após ter votado a favor do projeto de lei 5069, que dificulta o procedimento legal de aborto em casos de vítimas de estupro. Além da parlamentar, Gorete Pereira (PR-CE) foi a única mulher a apoiar a proposta.

“Sinceramente, tenho repensando os pontos relativos ao B.O. [Boletim de Ocorrência] e ao corpo de delito. Inicialmente, pensava que a obrigatoriedade para a realização deles seria positiva para evitar a banalização do aborto. Mas, depois da votação, passei a conversar com mulheres que foram vítimas de estupro e percebi que a questão não é tão simples assim”, disse Renata em entrevista ao portal IG nesta segunda-feira (2).

“Eu nunca sofri estupro, nunca fui abusada sexualmente. É muito difícil este tema. Mas acho que, exatamente por isso, podemos questionar o projeto e mesmo voltar atrás para evitar a aprovação de algo prejudicial somente às mulheres”, afirmou a deputada, que contou ter tido pouco tempo para analisar o assunto e, por isso, acabou influenciada por parlamentares das bancadas religiosas.

Na última semana, o projeto foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados por 37 votos a 14. Ele prevê a obrigatoriedade de exame de corpo de delito e registro de Boletim de Ocorrência para comprovar a violência sexual em caso de gravidez indesejada. O texto ainda precisa passar pelo Plenário antes de ir ao Senado e seguir para sanção presidencial.

Publicado originalmente no site da Revista Fórum.


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