
Do Brasil 247
A nota do PSDB, DEM, PPS, PSB e Solidariedade defendendo o afastamento do cargo de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara rachou a oposição.
Para o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, dirigente do Solidariedade, a iniciativa jogou “Cunha nos braços do governo”.
O líder do DEM, Mendonça Filho confirmou o desentendimento em seu partido sobre o assunto. “No meu partido também tivemos interpretações divergentes, mas temos que conviver com o debate interno”, disse. Ele afirma que a oposição não pode servir para “blindar Cunha”.
No PSDB, a posição do líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP), sobre o peemedebista foi atacada por caciques da própria legenda. O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) disse que o partido na Câmara “pecou por lentidão” ao, mesmo após divulgar nota em que pedia o afastamento do peemedebista, não ter desembarcado definitivamente do núcleo de apoio a Cunha.
Na avaliação do tucano, o PSDB deveria ter reagido mais rapidamente. No entanto, não existe no momento um discurso alinhado entre os parlamentares do PSDB no Senado e na Câmara quanto ao afastamento do peemedebista. Por essa razão, o senador defende que o partido se reúna. “As lideranças precisam se reunir e dialogar, o que não pode é ética seletiva, que funcione de acordo com nossas conveniências e interesses”, afirma.