
Da Redação*
Servidores públicos e manifestantes do Rio de Janeiro se reuniram em ato diante da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quarta-feira (16), para protestar contra o pacote de medidas contra a crise proposto pelo governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB). As medidas de austeridade para conter a crise do Rio, um dos estados em situação mais crítica do país, está sendo votada nesta tarde pelo legislativo.
Pela manhã, representantes de pelo menos 10 sindicatos e associações foram recebidos pela presidência da Casa e se mostraram contra as medidas apresentadas pelo governo.
A primeira versão do pacote proposto por Pezão incluía a redução de até 30% dos salários dos servidores estaduais, incluindo dos cargos de governador e vice-governador. Segundo informações da Agência Brasil, quando as medidas foram anunciadas por Pezão, o governador projetou um déficit de R$ 52 bilhões até o final de 2018, caso o pacote não seja aprovado. A Alerj discute hoje a redução de salários e a redução do limite para pagamento de dívidas de pequeno valor.
As medidas de austeridade do governo carioca incluem ainda o corte de 9 mil benefícios de aluguel social, de restaurantes populares e a extinção de órgãos públicos.
O governador declarou ainda que não há como garantir o cumprimento da folha de pagamento dos próximos dois anos.
PM usa gás e bombas para dispersar manifestantes
Antecipando protestos, o governo do Estado chegou a pedir reforço para a Força Nacional para garantir a segurança no entorno da Assembleia.
O ato contra o pacote de Pezão, convocado por servidores estaduais de diversas categorias – educação, judiciário, segurança, saúde – acabou sendo repreendido com força pela polícia militar. Em imagens divulgadas nas redes sociais, manifestantes denunciam o uso de bombas e gás lacrimogêneo e ações do Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Porém, em meio à fumaça das bombas que eram lançadas contra os manifestantes para impedir que se aproximassem da Assembleia, dois policiais do Choque surpreenderam quem protestava ao abandonar o cerco. Em um vídeo postado no Facebook (acima), manifestantes abraçam um dos PMs e o parabenizam pela atitude. No Rio, assim como Rio Grande do Sul, os policiais militares também enfrentam uma realidade de salários atrasados desde o ano passado.
*Com informações da Agência Brasil