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3 de fevereiro de 2016
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15:21

Em protesto por reajuste salarial, aeronautas e aeroviários paralisam voos no Salgado Filho

Por
Luís Gomes
luisgomes@sul21.com.br
Foto: Johnny Oliveira
Foto: Johnny Oliveira

Da Redação

Os principais aeroportos do país amanhecerem sem decolagens e chegadas na manhã desta quarta-feira (03) em razão da paralisação dos aeronautas – pilotos, comandantes e comissários de bordo – e dos aeroviários – trabalhadores em terra dos aeroportos. As categorias exigem reajuste salarial que recompanha a inflação de 2015. Além do Salgado Filho, o Sindicato Nacional dos Aeronautas realizou paralisações nos aeroportos de Florianópolis, Curitiba, Brasília, Salvador, Fortaleza, Recife, Campinas, Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e Congonhas e Guarulhos, em São Paulo.

De acordo com a Infraero, dos 40 voos nacionais programados para sair e chegar do Aeroporto Salgado Filho entre às 0h e às 11h, 27 tiveram atraso de ao menos 30 minutos e sete foram cancelados. Às 11h, 10 voos ainda estavam em atraso. No país, 306 voos registraram atrasos em aeroportos administrados pela Infraero e 138 voos foram cancelados.

Segundo Edmilson Fraga, secretário-geral do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, as duas categorias pedem reajuste salarial de 11% – referente à inflação entre dezembro de 2014 e dezembro de 2015. Fraga explica que, até meados de janeiro, a proposta do Sindicato Nacional da Empresas Aeroviarias (Snea) era de reajuste zero. No entanto, o sindicato patronal já elevou a proposta para 11% em parcelas, com a última sendo paga em novembro, mas sem reajuste retroativo. Aeronautas e aeroviários exigem o pagamento retroativo a dezembro, data-base das categorias.

O sindicalista também diz que não há previsão de data para retomada das negociações. Nesta quarta-feira, as categorias também realizaram novas assembleias em aeroportos do Brasil em que decidiram não realizar novas paralisações durante o Carnaval, período que deve registrar grande movimentação de passageiros.

Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) lamentou a greve. “O setor reconhece e respeita o direito de manifestação, mas lamenta o caminho escolhido em prejuízo dos passageiros. Em qualquer circunstância, as companhias aéreas estarão mobilizadas em prestar assistência aos clientes e a fazer todo o possível para minimizar os eventuais transtornos”.

Foto: Johnny Oliveira
Foto: Johnny Oliveira
Foto: Johnny Oliveira
Foto: Johnny Oliveira

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