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12 de agosto de 2015
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19:45

Instalação de placa no Dopinha é marcada por resistência

Por
Sul 21
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Instalação de placa no Dopinha é marcada por resistência
Instalação de placa no Dopinha é marcada por resistência
No prédio funcionou um local de tortura durante a ditadura|Foto: Elena Romanov/Arquivo pessoal
No prédio funcionou um centro clandestino durante a ditadura militar | Foto: Elena Romanov / Especial Sul21

Da Redação

O Dia Nacional dos Direitos Humanos, comemorado nesta quarta-feira (12), foi marcado em Porto Alegre pela cerimônia de descerramento da placa do Dopinha. O prédio, localizado na Rua Santo Antônio, 600, bairro Bom Fim, funcionou como um centro clandestino de tortura durante a ditadura militar e deve ser transformado em um centro de memória.  O evento foi promovido pelo Movimento de Justiça e dos Direitos Humanos e pela prefeitura da Capital, e integra o projeto Marcas da Memória.

Antes da cerimônia, no entanto, teria ocorrido um conflito entre os funcionários e os proprietários do prédio, que tentavam impedir a instalação da placa, e os servidores da prefeitura responsáveis por fazer o trabalho. Ao final, a placa foi fixada no Dopinha e a cerimônia foi realizada com a presença de ex-presos políticos e ex-colegas do sargento Manoel Raimundo Soares, morto durante a ditadura há 49 anos completados também nesta quarta.

Coordenador do Movimento de Justiça e dos Direitos Humanos, Jair Krischke definiu o ato como “histórico”, acrescentando que, por meio do projeto Marcas da Memória, “estão sendo assinalados os locais usados pelo aparelho repressivo”. O Dopinha, que está em processo de tombamento, é o 4º a receber a placa.


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