
Samir Oliveira
O Mercado Público de Porto Alegre irá reabrir nesta quinta-feira (27) sete lojas que tiveram perda total com o incêndio ocorrido no dia 6 de julho de 2013. São cinco restaurantes, uma cafeteria e uma sorveteria que passarão a funcionar no térreo do Mercado, onde eram realizadas feiras de artesanatos e de antiguidades, em uma estrutura especialmente montada para socorrer os permissionários mais prejudicados com o acidente.

Nesta segunda-feira (24), o Corpo de Bombeiros divulgou o resultado da última vistoria feita no Mercado, na tarde de sábado (22). A corporação autorizou o funcionamento dos sete estabelecimentos atingidos pelo incêndio.
De acordo com o coordenador do Mercado Público, Antonio Lorenzi, havia problemas com a liberação do Plano de Proteção Contra Incêndio (PPCI), já que as empresas não estavam completamente adaptadas às novas exigências legais – o que já está contemplado, segundo a vistoria dos Bombeiros. “Amanhã teremos vistorias das secretarias municipais da Saúde, de Obras e de Indústria e Comércio. Se estiver tudo bem, quinta-feira iniciam as atividades”, informa.
A reabertura das sete lojas no primeiro piso ocorre em caráter provisório. Quando as obras de restauração do Mercado – iniciadas no dia 2 de dezembro de 2013 – forem concluídas, os estabelecimentos poderão voltar a funcionar no segundo pavimento. Também é em caráter provisório que será instalada uma caixa d’água com capacidade para 15 mil litros, duas bombas de pressurização e um gerador próprio de energia.

Trata-se de uma exigência do Corpo de Bombeiros para a reabertura dos espaços atingidos pelo incêndio. A caixa d’água deverá ficar pronta até o dia 5 de abril e será colocada entre o Mercado e o tapume de isolamento das obras de restauração, na Avenida Júlio de Castilhos, em frente ao terminal do Trensurb.
Quando as obras terminarem, deverá ser construída uma estrutura permanente dentro do Mercado Público. “Faremos uma caixa d’água definitiva dentro do Mercado, mas os bombeiros exigiram que fizéssemos essa provisoriamente”, afirma Antonio Lorenzi. Ele informa que a obra será custeada pelos próprios permissionários, num valor estimado em cerca de R$ 80 mil.
Para Ivan Konig, presidente da Associação dos Permissionários do Mercado Público, a liberação para o funcionamento das lojas atingidas pelo incêndio representa “uma situação de alívio”. Ele recorda que os empresários contraíram empréstimos do Banrisul – que lançou linhas de crédito especialmente para essa situação – para não fecharem definitivamente seus negócios.