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8 de junho de 2014
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19:41

Greve dos metroviários de São Paulo segue até as 13h desta segunda-feira

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Greve dos metroviários de São Paulo segue até as 13h desta segunda-feira
Greve dos metroviários de São Paulo segue até as 13h desta segunda-feira
Metroviários durante passeata no Centro de São Paulo, pela campanha salarial: 8,7% não contemplam a categoria | Foto: RBA
Metroviários durante passeata no Centro de São Paulo, pela campanha salarial: 8,7% não contemplam a categoria | Foto: RBA

Vitor Nuzzi e Diego Sartorato,
da RBA

Depois de um julgamento rigoroso do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, que decidiu neste domingo (8) pelo cumprimento à risca da oferta do Metrô aos trabalhadores, pela abusividade da greve e pelo desconto dos dias parados, além de não garantir estabilidade aos grevistas, os metroviários aprovaram em assembleia com cerca de 2 mil trabalhadores, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, a continuidade da greve até amanhã às 13h.

Uma nova assembleia será realizada nesse horário para rediscutir as condições de continuidade da greve; o presidente do sindicato, Altino Melo dos Prazeres, que defendeu a continuidade da greve durante a assembleia, afirma que “é possível sair um pouco melhor desta negociação sindical”. “O mundo inteiro está de olho, e o [governador Geraldo] Alckmin não vai querer sair dessa história como o grosseiro, o que não negocia”, afirmou.

Dirigentes sindicais confirmaram, após a votação, que um protesto em solidariedade à luta dos metroviários com a participação do Movimento Passe Livre (MPL) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), está convocado para amanhã, a partir das 7h, na estação Ana Rosa. Eles esperam conseguir garantias contra represálias aos grevistas e a retomada da negociação pelo reajuste de 12,2% solicitado pela categoria, contra os 8,7% oferecidos pelo Metrô e decretados pela Justiça do Trabalho.

Com 104 itens, a pauta original dos metroviários incluía reajuste salarial de 7,95% mais aumento real (acima da inflação) de 25,5%, totalizando 35,47%. Posteriormente, a reivindicação ficou em 12,2%. O Metrô ofereceu inicialmente 5,2% (variação do IPC-Fipe em 12 meses, até abril, véspera da data-base) e elevou a oferta a 8,7%.

Os trabalhadores reivindicam ainda piso de R$ 2.778,63 (valor correspondente ao salário mínimo calculado pelo Dieese em fevereiro) – o atual é de R$ 1.323,55. O vale-alimentação, de R$ 247,69 no atual acordo coletivo, passaria a R$ 379,80. O Metrô propôs R$ 290. E o vale-refeição (R$ 25,65) seria corrigido em 13,25%, enquanto a empresa ofereceu 8,7% mais retirada da parte cobrada dos funcionários, que varia conforme o salário.


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