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11 de fevereiro de 2015
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15:23

Helicóptero que Secretaria da Saúde disse estar nos EUA está no aeroporto Salgado Filho

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Diretor do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial da Secretaria, Alexandre de Britto, disse que os dois helicópteros estariam nos Estados Unidos, "aguardando entrega por parte do fabricante". Um deles, na verdade, já está em Porto Alegre, e o outro deve chegar nos próximos dias. (Foto: Divulgação)
Diretor do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial da Secretaria, Alexandre de Britto, disse que os dois helicópteros estariam nos Estados Unidos, “aguardando entrega por parte do fabricante”. Um deles, na verdade, já está em Porto Alegre, e o outro deve chegar nos próximos dias. (Foto: Divulgação)

Marco Weissheimer

A Secretaria Estadual da Saúde divulgou nota oficial na tarde de terça-feira (10) para manifestar sua posição no caso da remoção por via aérea para Porto Alegre do menino argentino de 3 anos de idade que caiu do terceiro andar de um hotel em Capão da Canoa. Na nota, entre outras coisas, o diretor do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial da Secretaria, Alexandre de Britto, diz que “o atendimento aeromédico continua sendo prestado pelo helicóptero da Brigada Militar” e que os dois helicópteros adquiridos pelo governo Tarso Genro, em 2014, “permanecem nos Estados Unidos, aguardando entrega por parte do fabricante”. Na verdade, um dos helicópteros já está em Porto Alegre, no Batalhão de Aviação da Brigada Militar, no aeroporto Salgado Filho.

Em 2014, o governo do Estado investiu R$ 26 milhões na aquisição de dois helicópteros para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). As duas aeronaves da marca Augusta Westland, modelo Koala AW 118 Kx, foram adquiridas para serem utilizadas para atendimentos e resgates feitos pelo SAMU, dentro do projeto Aero Médico Estadual. O recebimento técnico das aeronaves ocorreu entre os dias 12 e 19 de outubro, na cidade de Filadélfia, nos Estados Unidos.

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O projeto Aero Médico Estadual iniciou em 2012, através de um termo de cooperação técnica entre o SAMU e a Brigada Militar. Desde a criação da equipe aeromédica, os atendimentos foram realizados com aeronaves da Brigada Militar (helicóptero e avião) para transportes e resgates de pacientes. Desde sua criação até 2014, o SAMU Aero Médico realizou mais de 100 missões de salvamento.

Pelo projeto original, a partir da aquisição dos dois helicópteros, o atendimento de resgate pode ser realizado em até 20 minutos em um raio de 100 quilômetros de distância do município de Porto Alegre. Além deste tipo de atendimento, também pode ser realizado o transporte de enfermos em todo o Estado com aeronaves da Brigada. Ainda segundo o projeto original, cada helicóptero seria ocupado por uma equipe formada por médico e enfermeiro do SAMU, pilotos da Brigada Militar e tripulantes de bordo da Brigada (socorristas). Os equipamentos que das aeronaves do SAMU seriam os mesmos utilizados pela Força Aérea dos Estados Unidos e Marinha.

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O que era aguardado com grande expectativa pela equipe do serviço aeromédico virou frustração com a decisão do governo de José Ivo Sartori de desativar o serviço. O secretário estadual da Saúde, João Gabbardo, chegou a afirmar que o serviço era completamente dispensável.

Deputado encaminha pedido de informações sobre serviço aeromédico

O deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) encaminha nesta quarta-feira (11), ao governo do Estado, um pedido oficial de informações a respeito do serviço aeromédico do Rio Grande do Sul. “A proteção à vida das pessoas está sendo negligenciada por essa decisão do governo de precarizar um serviço estratégico. Não quero crer que o fato do programa ter sido criado no governo anterior tenha gerado essa medida extrema”, disse o deputado ao anunciar que encaminharia o pedido de informações.

Valdeci Oliveira solicitará informações concretas sobre como está sendo prestado o serviço atualmente, quantos profissionais integram a equipe e se as aeronaves disponibilizadas para o trabalho estão operantes. “O Rio Grande do Sul não pode ficar sem serviço aeromédico ou com um serviço meia-boca. Vidas não têm preço”, defendeu o parlamentar.


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