
Marco Weissheimer
Os movimentos sociais, sindicatos e partidos que organizam, em Porto Alegre, o ato em defesa da Petrobras, da reforma política, da democracia e dos direitos decidiram que, no Rio Grande do Sul, a manifestação será realizada no dia 12 de março, quinta-feira. Nos demais Estados do país, os atos ocorrerão no dia 13. A decisão de antecipar em um dia a mobilização foi tomada para incorporar a jornada de lutas da Via Campesina, que ocorre esta semana, na capital gaúcha. Dentro da programação da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponeses, militantes do movimento se concentrarão nesta terça-feira (10), às 10h, na Praça da Matriz, para uma série de atividades nos diferentes poderes situados em volta da praça.
Atividade organizada pela Articulação das Mulheres do Campo e da Cidade para marcar o Dia Internacional da Mulher, a concentração na Praça da Matriz será seguida por um ato em frente ao Palácio da Justiça, às 11h, defendendo a importância de políticas públicas para combater a violência contra a mulher. Na parte da tarde, às 13h30, haverá uma audiência pública na Assembleia Legislativa sobre o tema “Dia Internacional da Mulher e Alimentação sem Agrotóxico”. Após essa audiência pública, haverá um ato em frente ao Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF).
Na quinta, dia 12, a mobilização inicia às 7h, na frente da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, com um ato em defesa da Petrobras. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e demais entidades que organizam a mobilização, o objetivo do ato na Refap é recuperar a ideia da campanha de nacionalização da riqueza mineral, expressa no slogan “o petróleo é nosso”. Em Porto Alegre, às 9h, haverá uma concentração em frente ao Instituto de Previdência do Estado (Av. Borges de Medeiros, 1945), em defesa do IPE público. Após, os trabalhadores se concentrarão no Largo Glênio Peres, no centro da capital, de onde sairá uma caminhada, ao meio-dia, rumo à Praça da Matriz.
As seguintes organizações participam dessa atividade: Movimento de Mulheres Camponesas, Movimento dos Trabalhadores/as Desempregados/as, Movimento dos Atingidos pelas Barragens, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Movimento dos Pequenos Agricultores, Marcha Mundial de Mulheres, Levante Popular da Juventude, Coletivo de Mulheres Metalúrgicas, Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do RS e CPERS.
O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, destaca que, além da defesa da Petrobras, a mobilização desta semana tem outras pautas também como a defesa de direitos trabalhistas que, na avaliação da entidade, estariam ameaçados pelas Medidas Provisórias 664 e 665, editadas pelo governo federal em 30 de dezembro de 2014. Outra bandeira dos atos desta semana é a defesa do Plebiscito sobre a Constituinte Exclusiva e Soberana para a reforma do sistema político brasileiro. A realização de uma consulta popular sobre esse tema está prevista no Projeto de Decreto Legislativo 1508/14, de autoria da deputada Luiza Erundina (PSB-SP).
Os membros da Campanha Nacional do Plebiscito Constituinte aprovaram na última sexta-feira (6), na VI Plenária Nacional pela Constituinte, em São Paulo, a participação e mobilização em massa para os atos em defesa da Petrobrás, da Democracia e por direitos, que ocorrerão em todo o Brasil nesta semana. Os militantes da Campanha defenderão a Reforma Política realizada por meio de uma assembleia constituinte e soberana, eleita exclusivamente para esse fim.
Programação do ato dia 12
7h – Ato em defesa da Petrobras na Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas.
9h – Concentração em frente ao IPE-RS (Av. Borges de Medeiros, 1945, Centro, Porto Alegre), em defesa do IPE público.
11h – Concentração no Largo Glênio Peres, no centro da capital.
12h – Caminhada rumo à Praça da Matriz.
Pautas
– A defesa da Petrobras, contra a privatização da estatal que corresponde a 13% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
– Pelo Plebiscito sobre a Constituinte Exclusiva e Soberana para a reforma do sistema político e contra o financiamento privado de campanha eleitoral.
– Pelo fim das Medidas Provisórias (MP´s) 664 e 665, que alteram direitos da classe trabalhadora.