Do MST
Na madrugada desta quinta-feira (16), cerca de 1.500 famílias Sem Terra ocuparam a Fazenda Guerra, com mais de 7 mil hectares, no município de Tapes, a 120 km de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Segundo o coordenador estadual do MST, Ildo Pereira, o objetivo da ocupação é exigir a desapropriação do latifúndio improdutivo, que não cumpre a função social, destinando a área para o assentamento das famílias acampadas no estado, para que esses agricultores possam produz alimentos saudáveis e abastecer a sociedade gaúcha.
A fazenda da família Guerra fica na localidade das Camelias e faz divisa com a Lagoa dos Patos. O MST denuncia a existência de um latifúndio de 7.500, somente com a monocultura de eucalipto e pinus, que chega até as margens da Lagoa dos Patos, prejudicando a água e a biodiversidade do local.
Os Sem Terra também denunciam que os proprietários do latifúndio possuem tem uma dívida de R$ 20 milhões, além de usarem dinheiro publico para o plantio de eucaliptos próximos a Lagoa dos Patos, prejudicando o meio ambiente.
As famílias Sem Terra que promovem a ocupação são oriundas de 14 acampamentos do MST de várias regiões do estado.
A ação faz parte da Jornada de Luta pela Reforma Agrária do MST que ocorre durante essa semana com diversas mobilizações pelo país e que se soma ao conjunto das mobilizações da classe trabalhadora em defesa dos direitos conquistados.
