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28 de julho de 2015
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22:18

Com irreverência e ironia, servidores do INSS em greve fazem protesto na Capital

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Servidores percorreram as ruas centrais da Capital e ironizaram a corrupção no país, inclusive com um corruptor exibindo notas de dinheiro |Foto: Guilherme Santos/Sul21
Servidores percorreram as ruas centrais da Capital e ironizaram a corrupção no país, inclusive com um corruptor exibindo notas de dinheiro |Foto: Guilherme Santos/Sul21

Jaqueline Silveira

Depois de decidirem pela continuidade da greve em assembleia, centenas de servidores do Instituto do Seguro Social (INSS) saíram em caminhada, no final da tarde desta terça-feira (28), no centro da Capital.  Com vassouras nas mãos para “varrer a corrupção”, chapéus que imitavam uma gota de petróleo numa referência à Operação Lava Jato,  perucas coloridas e jalecos que traziam as principais reivindicações da categoria, os funcionários, que estão em greve desde o dia 7 de julho, saíram do Clube do Comércio e percorreram as ruas centrais. O protesto foi puxado por um carro de som com um canhão que jogava papel picado durante o trajeto até a Esquina Democrática.

“Essa greve é por vocês que precisam de atendimento, de agilidade no atendimento”, diziam os servidores ao público que parava para acompanhar o protesto. Os manifestantes carregavam cartazes com palavras como “corrupção” e “sonegação”. Também carregavam faixas com frases como “Corrupção mais sonegação = menos política pública” e “Só a luta muda a vida.” Os servidores protestavam, ainda, contra a “perda de direitos trabalhistas”,  “o corte do seguro-desemprego e a falta de escolas e de leitos.”

Em greve desde o dia 7 de julho, os servidores seguiram em passeata depois decidirem continuar em greve|Foto: Guilherme Santos/Sul21
Em greve desde o dia 7 de julho, os servidores seguiram em passeata depois de decidirem continuar em greve|Foto: Guilherme Santos/Sul21

Diretor administrativo do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sindisprev-RS), Jorge Patrício Fagundes Pires explicou que a principal reivindicação é por melhores condições de trabalho. “Queremos acabar com a política de falsas metas e índices de produção”, afirmou ele, referindo-se às projeções estabelecidas pelo INSS e que, segundo ele, só são alcançadas com “maquiagem”. Ele reclamou que os funcionários que não conseguem atingir as metas têm de cumprir uma carga horária de 40 horas e não de 30 horas. Aliás, uma das reivindicações trazidas no jaleco dos servidores era, justamente, “30 horas para todos”. A categoria também reivindica 27% de reajuste, percentual referente às perdas acumuladas desde 2009.

Nas manifestações sobraram críticas à corrupção no país. “O dinheiro que falta nos cofres públicos está na casa dos corruptos”, afirmou Pires. Na Esquina Democrática, os servidores se digiram às pessoas que se aglomeraram no local os motivos da greve e do protesto. “Chega de petrolão”, bradava um dos manifestantes do alto do carro de som, acrescentando que os desvios de recursos públicos estão servindo para “enriquecer políticos e empreiteiros”.  A política econômica do governo federal também foi alvo de críticas. “É necessário derrotar o ajuste fiscal”, pregou o mesmo servidor, ao microfone. Junto aos manifestantes no carro de som, um corruptor exibia ironicamente muitas notas de dinheiro ao público.

Ao final, os servidores distribuíram as vassouras para quem passou pela Esquina Democrática.

Servidores levaram vassouras para varrer a corrupção e depois distribuíram à população|Foto: Guilherme Santos/Sul21
Servidores levaram vassouras para varrer a corrupção e depois distribuíram à população|Foto: Guilherme Santos/Sul21

Atendimento

Devido à greve, a maioria dos serviços disponibilizados nas agências do INSS da Capital e do Interior está comprometida. Segundo o Sindisprev, só estão sendo realizadas as perícias médicas agendadas.

Confira mais fotos do protesto dos servidores do INSS:

Foto: Guilherme Santos/Sul21
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Em greve desde o dia 7 de julho, os servidores seguiram em passeata depois decidirem continuar em greve|Foto: Guilherme Santos/Sul21
Em greve desde o dia 7 de julho, os servidores seguiram em passeata depois decidirem continuar em greve|Foto: Guilherme Santos/Sul21

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