

Da Redação
O Dia Nacional dos Direitos Humanos, comemorado nesta quarta-feira (12), foi marcado em Porto Alegre pela cerimônia de descerramento da placa do Dopinha. O prédio, localizado na Rua Santo Antônio, 600, bairro Bom Fim, funcionou como um centro clandestino de tortura durante a ditadura militar e deve ser transformado em um centro de memória. O evento foi promovido pelo Movimento de Justiça e dos Direitos Humanos e pela prefeitura da Capital, e integra o projeto Marcas da Memória.
Antes da cerimônia, no entanto, teria ocorrido um conflito entre os funcionários e os proprietários do prédio, que tentavam impedir a instalação da placa, e os servidores da prefeitura responsáveis por fazer o trabalho. Ao final, a placa foi fixada no Dopinha e a cerimônia foi realizada com a presença de ex-presos políticos e ex-colegas do sargento Manoel Raimundo Soares, morto durante a ditadura há 49 anos completados também nesta quarta.
Coordenador do Movimento de Justiça e dos Direitos Humanos, Jair Krischke definiu o ato como “histórico”, acrescentando que, por meio do projeto Marcas da Memória, “estão sendo assinalados os locais usados pelo aparelho repressivo”. O Dopinha, que está em processo de tombamento, é o 4º a receber a placa.