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19 de agosto de 2015
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11:25

Confira como ficam os serviços públicos durante a greve geral no Estado

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Por Guilherme Santos/Sul21
Servidores do Estado definiram greve geral em assembleia no Largo Glênio Peres | Foto: Guilherme Santos/Sul21


Jaqueline Silveira

Os três dias de greve geral dos servidores públicos estaduais, aprovados em assembleia unificada da tarde de terça-feira (18), terão reflexo em alguns serviços à população. Na área da saúde, por exemplo, só funcionarão os serviços emergenciais, como plantões, conforme o Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (Sindsepe-RS). Também ao longo do período de paralisação serão feitos atos e montados piquetes nos órgãos de saúde. Coração da administração do Estado, o Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), na Capital, também não deverá funcionar, já que a orientação do Sindsepe é para os servidores compareçam ao local, mas permaneçam em frente ao prédio. Só cargos de confiança (CCs) devem trabalhar no CAFF.

Foto: Caroline Ferraz/Sul21
Professores decidiram parar em assembleia no Gigantinho | Foto: Caroline Ferraz/Sul21

Já as escolas estaduais estarão com as portas fechadas nesses três dias. As aulas só serão retomadas na próxima segunda-feira (23). Já os policiais militares farão operação padrão. Isso quer dizer que os brigadianos farão o patrulhamento, desde que tenham condições de trabalho. “O policiamento ostensivo será normal, se tiver condições”, explicou o presidente da Associação de Cabos e Soldados, Leonel Lucas, referindo-se a viaturas, coletes e armamento.

Conforme Lucas, há veículos com licença vencida. “Se tiver problema, não vão sair”, avisou, sobre irregularidade nas viaturas. A decisão de não ir para rua sem condições foi tomada na assembleia da categoria realizada no começo da tarde desta terça-feira, na Praça Brigadeiro Sampaio, junto com bombeiros, que também irão aderir à operação padrão. Já se o salário for parcelado no dia 31 agosto, segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados, haverá novamente “aquartelamento” dos PMs e dos bombeiros, a exemplo do que ocorreu no dia 3 de agosto.

A Polícia Civil, por sua vez, só atenderá ocorrências envolvendo crimes contra a vida, como homicídios, estupro e casos da Lei Maria da Penha. “Vamos paralisar todas as atividades, exceto as de maior repercussão, que são os crimes contra a vida”, esclareceu o vice-presidente do Sindicato dos Escrivães, Investigadores e Inspetores da Polícia Civil (Ageirm), Fábio Castro. Nesses três dias de greve, de acordo com ele, não serão concluídos inquéritos e nem cumpridos mandados de busca e apreensão.

Foto: Guilherme Santos/Sul21
Polícia Civil reuniu multidão em frente ao palácio da polícia na terça-feira | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Os servidores da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) também limitarão os serviços. No período de paralisação, informou o diretor do Amapergs-Sindicato (Sindicato dos Servidores Penitenciários), Sandro Cardoso, só serão liberados os banhos de sol e servida a alimentação dos apenados e também permitida a visita de um familiar por dia – normalmente, são três. Durante a greve, não serão realizadas audiências, escoltas e transferências de presos.  Também serão suspensas visitas de advogados aos apenados e a realização de cultos religiosos.

Atendimento normal nos bancos

A paralisação geral dos servidores públicos não deverá prejudicar o atendimento nas agências bancárias no Estado. O presidente do SindBancários da Capital, Everton Gimenis, afirmou que o funcionamento será normal, já que deverá ter policiamento ostensivo. No dia 3 agosto, o sindicato chegou a conseguir uma liminar na Justiça do Trabalho para os bancos não abrirem, caso não tivesse segurança. Isso foi possível em virtude de entidades que representam os policiais anunciarem o aquartelamento dos policiais. Como desta vez não há esse tipo de medida, esclareceu Gimenis, o SindBancários não teria argumento para recorrer à Justiça.

Rodoviários

Os ônibus também devem circular normalmente na Capital, segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Adair da Silva. “A gente não tem problema, é um movimento referente ao governo do Estado”, justificou o sindicalista.

Por Guilherme Santos/Sul21
Trabalhadores em frente à Assembleia Legislativa na terça-feira | Foto: Guilherme Santos/Sul21

 


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