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21 de agosto de 2015
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19:27

Ministro dos Transportes apresenta estudo de viabilidade sobre trecho gaúcho da Ferrovia Norte Sul

Por
Luís Gomes
luisgomes@sul21.com.br
O ministro Antonio Carlos Rodrigues esteve em Porto Alegre nesta sexta para apresentar o estudo | Foto: Divulgação/Ministério dos Transportes
O ministro Antonio Carlos Rodrigues esteve em Porto Alegre nesta sexta para apresentar o estudo | Foto: Divulgação/Ministério dos Transportes

Da Redação

O ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, apresentou nesta sexta-feira, na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), os resultados do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) sobre o trecho da Ferrovia Norte Sul que deverá passar pela Região Sul.

O Ministério do Transportes realizou o estudo de viabilidade para avaliar a ampliação do projeto da ferrovia para dois trechos que não estavam previstos originalmente. O primeiro deles, de 952,4 km, ligando as cidades de Panorama (SP) e Chapecó (SC), e o segundo, de 833 km, entre Chapecó e Rio Grande (RS). Este trecho passaria por 33 municípios gaúchos.

“A ideia é trabalhar com sistema de concessões e para isso acontecer precisamos da sinalização firme e positiva por parte de empresários, gaúchos, catarinenses, paranaenses, de outros Estados e estrangeiros também”, explicou Rodrigues a empresários, parlamentares e prefeitos que participaram do evento.

Ministro (dir.) fez a apresentação para empresários e políticos reunidos na Fiergs, incluindo o presidente da entidade (esq.) | Foto: Dudu Leal/Fiergs
Ministro (dir.) fez a apresentação para empresários e políticos reunidos na Fiergs, incluindo o presidente da entidade (esq.) | Foto: Dudu Leal/Fiergs

“Teremos um ganho logístico muito importante para os setores produtivos gaúchos. Essa ferrovia é uma das mais antigas aspirações do setor de transportes do Estado”, disse Heitor José Müller, presidente da Fiergs, que ainda propôs que as obras da ferrovia comecem pelo Estado. “Desta maneira, teremos a integração mais rápida da malha ferroviária estadual, beneficiando a produção que se destina ao porto de Rio Grande”.

Contudo, a deputada estadual Zilá Breitenbach (PSDB), coordenadora da Frente Parlamentar Gaúcha em Defesa da Ferrovia Norte Sul, lembrou que o estudo de viabilidade é apenas a primeira etapa do projeto, mas não garante que a Ferrovia Norte Sul passará pelo Estado. “O que temos de concreto é uma faixa do traçado que prevê o benefício para muitos municípios e projetos logísticos. Temos condições de avançar para que o projeto saia do papel, começando a buscar as empresas interessadas em realizar a obra”, afirmou.

O estudo levou em conta aspectos mercadológicos, logísticos, ambientais, físicos e socioeconômicos. Segundo o ministério, os trechos propostos “consideram o equilíbrio entre os pontos de captação de carga, os aspectos de relevo da região e os custos de implantação e de operação do sistema futuro”.

Tendo isso em vista, o traçado foi definido pelo afastamento das áreas urbanas, fazer o traçado mais retilíneo possível, integração com a infraestrutura de transporte existente, entre outras.

Segundo o Estudo, o trecho entre Chapecó e Rio Grande foi orçado em R$ 8,7 bilhões, enquanto o trecho entre Panorama e Chapecó teve o custo estimado em R$ 12,3 bilhões. Os principais custos dizem respeito a serviços de terraplenagem e a superestrutura ferroviárias. A expectativa é que as obras resultariam na criação de cerca de 500 mil empregos.


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