
Maria Wagner
Uma dor no pé, outra no cotovelo, mais uma no joelho. Azia. Mau humor. Melancolia. Insônia. O despertador manda sair da cama, mas a vontade de nada fazer manda ignorar a música. Nem o convite para um cafezinho anima. Coração batendo a mil. Ai que desânimo! Qual a causa? Boa pergunta. E sem resposta aparente, porque você continua respondendo às demandas no emprego, em casa, do companheiro, dos filhos e também dos amigos. Então? Pois é, tudo parece em harmonia, na santa paz. Mas não está.
Todos esses desconfortos são sinais de que algo está errado em nosso organismo. E não devemos subestimá-los. É o que ouço do médico ortomolecular Juarez Callegaro, autor do livro Mente Criativa – a aventura do cérebro bem nutrido. Como psiquiatra – o que também é -, ele dá a esse motor uma atenção que vai além da medicação. Por isso, em fevereiro de 2015, participou na Itália do curso de formação em Neuropsicofisio Patalogia Adattiva e Ottimazzione Neuropsicofísica em Tecnologia REAC. Em decorrência, trouxe uma novidade a Porto Alegre: é a REAC Terapia.
O que vem a ser essa terapia? É o tratamento aplicado através de máquina criada na Itália por uma equipe interdisciplinar que inclui especialistas de várias áreas da saúde. São professores de três institutos: Bolonha, Florença e Sassari. Eles se dedicaram a essa pesquisa ao longo de 30 anos e sua criatura – que estimula a formação de células-tronco no cérebro, ressalta Callegaro – já foi aprovada em artigo publicado na revista especializada Nature, principalmente pelos resultados “revolucionários” em relação ao mal de Parkinson.

Mas REAC é uma sigla. Significa Radio Electric Conveyer Assimetric. O que promete é muito importante: reequilibrar o cérebro e, em consequência, as funções do corpo. “Sua função é melhorar as frequências cerebrais, que comandam a saúde de todo o organismo, inclusive o funcionamento da mente”, explica Callegaro. Ele ressalta que um dos benefícios decorrentes dessa terapia é “o aumento da longevidade”, pois destrói as substâncias tóxicas que se acumulam no organismo.
Melhorando o uso das conexões no cérebro, o REAC combate o estresse e a depressão; diminui a agressividade, o pânico, os pensamentos obsessivos, os sintomas do mal de Parkinson, a hiperatividade e a dependência de medicamentos e drogas. A partir do tratamento, a pessoa passa a realizar as mesmas tarefas com menor gasto de energia mental, afirma Juarez Callegaro.
Carlo Ventura, professor de Biologia Molecular e um dos pesquisadores envolvidos na criação do aparelho, explica que “a tecnologia REAC foi concebida fundamentalmente para desenvolver funções de bio e neuro através da modulação/otimização”. É uma nova visão e uma nova estratégia em relação aos aspectos da doença não possíveis de serem combatidos com medicamentos ou outros meios. Juarez Callegaro acrescenta a isso que a Terapia REAC faz com que o sistema nervoso Central reconheça os desequilíbrios que se acumularam ao longo do tempo e os corrija, promovendo seu reequilíbrio.

Como funciona
O REAC – Radio Electric Conveyer Assimetric – transporta informações neurobiológicas através de correntes de baixíssima intensidade. Cada uma das aplicações – ciclos de 18 – é absolutamente indolor e muito rápida. São segundos. Tempo suficiente para que o equipamento leia a situação neurobiológica – todos os defeitos resultantes de traumas – da pessoa em tratamento. Todo o processo é parecido com o da ressonância magnética.
Não há limite de idade, máxima ou mínima. Além disso, o espectro de abrangência é muito amplo, incluindo ansiedade, transtorno bipolar, TOC, fobias e vício em drogas. Eis a máquina. A tecnologia mais uma vez a serviço da humana esperança.