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27 de outubro de 2015
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18:18

CCJ rejeita parecer que pede a cassação do deputado Dr. Basegio (PDT)

Por
Luís Gomes
luisgomes@sul21.com.br
CCJ rejeita parecer que pede a cassação do deputado Dr. Basegio (PDT)
CCJ rejeita parecer que pede a cassação do deputado Dr. Basegio (PDT)
Ciro Simoni (centro) leu parecer contrário à cassação de Basegio | Foto: Marcos Eifler/Agência ALRS
Ciro Simoni (centro) leu parecer contrário à cassação de Basegio | Foto: Marcos Eifler/Agência ALRS

Da Redação

Após o pedido de vista feito pelo deputado estadual Ciro Simoni (PDT) adiar a votação na semana passada, a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul rejeitou nesta terça-feira (27) o parecer do deputado Elton Weber (PSB), favorável à cassação do deputado Dr. Diógenes Basegio (PDT), acusado de contratar funcionários fantasmas para seu gabinete.

Nesta terça, Simoni leu por cerca de 20 minutos a justificativa de sua intenção de voto em que afirmou que o processo foi avaliado de forma equivocada na Comissão de Ética, que aprovou em setembro parecer favorável à cassação de Basegio. O pedetista criticou o fato de, na comissão, os deputados terem votado, ao mesmo tempo, “sim” ou “não” para quebra de decoro parlamentar e sobre a cassação do mandato de Basegio. Segundo ele, a quebra de decoro e a dosimetria – pena a ser aplicada – deveriam ser votados de forma separada.

Em resposta à manifestação de Simoni, Weber afirmou que baseou seu parecer na análise da Comissão de Ética e que o manteria. Já o presidente da Comissão de Ética, Juliano Roso (PCdoB), disse que seguiu à risca os ritos do regimento interno da Casa e que não havia erro na condução e conclusão do trabalho. “O que terá de fazer um deputado estadual para ser cassado?”, questionou.

Agência AL
Basegio em imagem de arquivo | Foto: Arquivo agência AL

Recaem sobre Basegio as acusações de que parte dos salários de seus funcionários em cargos de comissão (CCs) eram recolhidos para o deputado e de que seu gabinete contava com “funcionários fantasmas”.

Em seu voto, Simoni defendeu que fosse aplicada uma pena de suspensão em vez da cassação, e foi acompanhados pelos deputados Gilmar Sossella (PDT), Alexandre Postal (PMDB), João Fischer (PP) e Gabriel Souza (PMDB). Votaram contra os deputados Weber, relator, Luiz Fernando Mainardi (PT), Stela Farias (PT), Maurício Dziedricki (PTB), Stela Farias (PT) e Roso. Jorge Pozzobom (PSDB) declarou-se impedido e não votou. Apesar do empate em cinco a cinco, o parecer foi rejeitado porque precisava de sete votos para ser aprovado.

Pensão a ex-governadores

Também nesta terça, a CCJ apreciou dois projetos de lei que preveem a extinção da pensão para governadores. Foi aprovado o projeto de autoria da deputada Any Ortiz (PPS). Ele estabelece que, a partir da gestão atual, o governador terá direito a pensão por apenas quatro anos. Já o projeto de Juliano Roso, que cancela o direito ao benefício para os atuais ex-governadores, foi considerado inconstitucional e rejeitado. Atualmente, os ex-governadores têm pensão vitalícia. Além disso, suas viúvas continuam recebendo após o falecimento dos antigos mandatários.


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