
Da Redação*
Apesar da crise financeira e da expectativa inicial de que as vendas ficassem abaixo do percentual do ano passado, a 61ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre tem muito a comemorar. Durante os 17 dias de evento, foram comercializados cerca 445 mil exemplares, crescimento de 11,25% em comparação a 2014. No período, cerca de 1,5 milhão de pessoas circularam pela Praça da Alfândega, aumento de 7%. Os números foram divulgados pela direção da Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), promotora da feira, na manhã de terça-feira (17).

A programação com assuntos atuais e alinhados ao tema da campanha deste ano, que propôs uma reflexão na sociedade com a ideia de que livros ajudam a pensar, os preços convidativos e o tempo seco, que predominou em grande parte do período, foram alguns dos principais fatores que contribuíram para elevar os números. Do total de público, diz o presidente da Câmara do Livro, Marco Cena, a maioria estaria entre os jovens. “Foi perceptível a presença maciça desse público entre 15 e 25 anos”, observou ele.
Este ano, a Feira do Livro contou com 113 expositores. Foram autografados 741 títulos no período entre 31 de outubro e 15 de novembro, em 631 sessões de autógrafos. 578 sessões ocorreram na Praça de Autógrafos; 53 sessões de autógrafos coletivas ocorreram no andar térreo do Memorial do RS; uma sessão aconteceu no Teatro Carlos Urbim, com Alceu Valença no dia 1/11, às 21h. Na Área Infantil, foram mais 22 sessões de autógrafos de escolas.
A programação para público adulto recebeu 15 mil pessoas e contou com um total de 258 atividades, entre encontros, oficinas, apresentações artísticas e seminários. Na Área Infantil, foram 552 turmas agendadas, além das visitas sem agendamento, que participaram das 463 atividades, desde encontros com autores, ilustradores, seminários, contações de histórias, apresentações de teatro, oficinas até exposições, entre outras.
Acessibilidade
A 61ª Feira do Livro de Porto Alegre proporcionou acesso ao universo da literatura a todo tipo de leitor. Quem não enxerga as letras com os olhos, pôde tocá-las ou ouvi-las: as histórias chegavam às pessoas com deficiência visual através de livros em braile ou audiolivros. Os que têm deficiência auditiva contavam com intérpretes de libras. Pessoas com dificuldades locomotoras podiam pegar emprestadas cadeiras de rodas; rampas de acesso também foram instaladas em toda a Praça da Alfândega.
*Com informações da assessoria de imprensa da feira.