

Da UFRGS
O companheiro dos estudantes ao longo da preparação para o vestibular não ficou de fora da prova de Redação. Para compor as linhas do texto dissertativo exigido no concurso, os estudantes tiveram de encarar o tema “O livro na era da digitalização do escrito e da adoção de novas ferramentas de leitura”. Para contextualizar o assunto, a prova trouxe uma charge de Marco Aurelio, do jornal Zero Hora, com referência à Feira do Livro de Porto Alegre, em que os visitantes não tiram os olhos de seus tablets e smartphones, sugerindo certa redução do protagonismo do livro em papel. A partir de inferência sobre a expressão facial de um livreiro que aparece no desenho, aponta-se para uma visão crítica sobre a questão.
A proposta de redação fica mais complexa ao trazer uma coluna do mesmo jornal, em que o autor, Nilson Souza, faz menção à inauguração da primeira loja física da livraria online mais famosa do mundo, a Amazon Books. “Ou seja: em vez do texto virtual, para os leitores digitais, ou da encomenda online, as pessoas poderão pegar o livro na mão, apertar como se fosse um tomate, folhear e cheirar à vontade (…)”, diz o texto.
Por fim, a prova reporta à opinião de Umberto Eco e Jean-Claude Carrière, no texto “Não contem com o fim do livro”, em que os autores sustentam: “As variações em torno do objeto livro não modificaram sua função, nem sua sintaxe, em mais de quinhentos anos. (…) Talvez ele evolua em seus componentes, talvez as páginas não sejam mais de papel. Mas ele permanecerá o que é.”
A partir da leitura desses elementos, o vestibulando deveria escrever uma redação dissertativa com extensão mínima de 30 linhas, fora o título, e máxima de 50 linhas, em que discutisse o futuro do livro no mundo contemporâneo. A defesa de um ponto de vista específico e a apresentação de argumentos que fundamentassem a posição foram exigências da prova para o desenvolvimento do texto.
A imagem da prova pode ser consultada no seguinte link.