
Nas muitas coberturas de Seleção Brasileira, aprendi com médicos e fisiologistas que só há uma maneira de anular os efeitos da altitude: fazer uma longa adaptação de pelo menos três semanas no local.
Como o calendário de times e seleções não permite mais períodos tão grandes de preparação, os especialistas passaram a recomendar a alternativa – que tem sido seguida pelo Brasil e por muitas equipes – de chegar ao local no dia da partida.
Assim, há uma espécie de drible nas sequelas da altitudes. Quando elas começam a chegar ao pior ponto, o jogo já está terminado ou perto de ser encerrado.
O Grêmio decidiu mudar este padrão.
Não usa as três semanas porque seria impossível, mas também não vai chegar no dia do confronto com a LDU, em Quito, 2.820 metros de altitude. Decidiu viajar nesta quinta e ficar uma semana em preparação.
O Grêmio deve ter dados científicos suficientes para garantir esta inovação. Se der certo, como Roger e seus auxiliares esperam, vai mudar completamente a estratégia com que as equipes enfrentam a altitude daqui para a frente.