Os protestos da torcida no fim do jogo deram o recado aos jogadores do Inter: será preciso melhorar muito na segunda partida, contra o São José, para garantir a vaga na final e recuperar a confiança perdida.
Apesar das declarações otimistas de Argel, o Inter não jogou bem, teve apenas uma chance clara de gol com bola rolando em toda a partida (a cabeceada de Fernando Bob, ainda no primeiro tempo), teve suas principais jogadas bloqueadas e não conseguiu impor o controle, apesar de ter maior posse de bola.[
– Faltou mais movimentação, agressividade e faltou o gol – explicou Argel. – O jogo não foi bom tecnicamente. Os espaços diminuíram, se encontraram as duas melhores defesas do campeonato. A gente não teve a tranquilidade, a eficácia para fazer o gol.
A tendência é que no gramado sintético do Passo d’Areia, em um estádio bem menor, as dificuldades do Inter se ampliem. O piso faz com que a bola circule com mais velocidade, dificulta o domínio habitual dos jogadores, muitas vezes complica até o passe.
Além disso, o Inter vai enfrentar um time habituado a jogar no campo sintético. Se a temperatura do próximo sábado for alta como a do último, a dificuldade será ainda maior. No ano passado, por exemplo, o Grêmio e São José tiveram de usar baldes com gelo para esfriar as chuteiras de tempos em tempos.
Diante deste Inter, estará o segundo melhor time do campeonato, dono da melhor defesa, bem orientado por um jovem técnico (China) e disposto a fazer história ao chegar à decisão do campeonato.
