Ao vencer o Grêmio por 2 a 0, na noite desta quinta-feira, no Estádio Alfredo Jaconi, o Juventude abre uma grande vantagem para a decisão da semifinal, no próximo domingo, na Arena. O Grêmio terá de fazer três gols de diferença para garantir a classificação, sem o risco dos pênaltis. O Juventude pode até perder.
Tarefa complicada pelo que se viu no jogo de Caxias do Sul.
Desgastado pela frequência de jogos, na Libertadores e no Gauchão, o técnico Roger poupou Luan, Giuliano, Marcelo Oliveira e Douglas e ainda não pôde contar com o zagueiro Pedro Geromel, com dores no joelho. Para complicar, Geromel é outro caso de caxumba e ficará pelo menos dez dias afastado.
Em campo, o Juventude foi sempre melhor. Marcou mais, atacou sempre em velocidade, vigiou e controlou as principais jogadas do adversário e, quando abriu vantagem, passou a explorar os contra-ataques.
O Juventude teve a primeira chance já aos sete minutos – e só não marcou por causa de uma defesa excepcional de Marcelo Grohe. Na cruzada da direita, Héverton subiu e cabeceou firme, para baixo. Grohe defendeu no reflexo. Na volta, Roberson (na foto, com Éverton) só não marcou porque foi atrapalhado por Klaus.
De chances, o Grêmio teve duas tentativas por Éverton,aos 30 e aos 38 minutos, em chutes que passaram perto. O Juventude concluiu de novo aos 23 com Dieguinho, quase marcou com Hugo aos 24.
Na volta para o segundo tempo, o Juventude acelerou, diante de um Grêmio que sentia claramente o desgaste, teve chances aos nove (Klaus, de cabeça) e aos 13 (Bruno Ribeiro por cobertura, defesa de Grohe) e chegou a 1 a 0 aos 14: na cobrança de escanteio, Marcelo Grohe errou o soco na bola, atrapalhado por Fred, a bola subiu e quando caiu, no outro lado, Roberson concluiu de cabeça.
Aos 17, Hugo tentou de cabeça e, em seguida, foi substituído (ele não tem conseguido resistir o tempo todo). Aos 18, Roger fez a primeira de suas trocas, de Lincoln por Bolaños, que voltou a campo 40 dias depois das fraturas na mandíbula, no lance em que foi acertado por William no Gre-Nal.
O equatoriano tentou pouco, recuou, mostrou uma evidente falta de ritmo e receio natural para o corpo a corpo.
Aos 20, Roger lançou mão de outro titular mantido no banco: fez Luan entrar no lugar de Éverton, que pouco fez.
O que já estava ruim, ficou bem pior aos 23: em outro escanteio, Klaus subiu sozinho, na pequena área, e desviou para o gol. Dois a zero.
A melhor chance do Grêmio, em toda a partida, aconteceu aos 27 minutos, quando Fred bateu falta e acertou o travessão.
Enquanto parte da torcida do Grêmio brigava atrás de uma das goleiras, o time sofria para controlar os contra-ataques do Juventude em campo. As raras tentativas esbarraram no bom sistema defensivo organizado pelo técnico Antônio Carlos.
Grêmio e Juventude voltam a campo domingo, às 16h, na Arena.
