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25 de abril de 2016
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16:30

Acampados na Fiesp agridem manifestantes; jornalista teve dentes quebrados

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Pio afirmou que irá fazer um boletim de ocorrência contra o agressor. MARCIA MINILLO/ RBA
Pio afirmou que irá fazer um boletim de ocorrência contra o agressor. MARCIA MINILLO/ RBA

Da RBA

Um protesto que reuniu algumas centenas de pessoas a favor do mandato da presidenta Dilma Rousseff e em defesa da democracia, na Avenida Paulista, na noite de domingo (24), foi interrompido por agressões de ativistas anti-Dilma que há semanas acampam em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), comandada por Paulo Skaf. Testemunhas relatam que homens portando paus e canos ameaçaram quem participava do protesto. Um deles agrediu o jornalista Pio Redondo, que teve dois dentes quebrados.

“Os caras acampados surgiram do nada, com porretes e pedaços de canos, como mostram as imagens. Ensandecidos. A gente vê e não entende tamanha virulência. Houve correria, conflito e agressões por parte deles”, diz o jornalista, em depoimento no seu perfil pessoal no Facebook. “Justamente para evitar um enfrentamento grave, imprevisível [que é o que eles queriam], alguns de nós fomos fazer um cordão para afastar os manifestantes daqueles fascistas. Teria ocorrido uma tragédia ali. Quem garante que não há outro tipo de arma nas barracas?”

Segundo o relato, o tumulto durou cerca de 15 minutos e uma jovem também foi agredida. “Me aproximei do mais exaltado, que queria pegar alguém de ‘pau’, ali, ou ‘em Brasília’, que ameaçou várias vezes. Disse que não iria rolar nada, a manifestação estava saindo, ninguém iria pegar ninguém. Senti uma pancada nos dentes inferiores, enquanto discutíamos, exaltados”, diz o jornalista. “Quando fui gritar pra eles – que nos chamavam de tudo que é nome – “votem no Cunha” um dente saltou. Aí percebi a extensão da agressão.”

Pio afirmou, em entrevista ao coletivo Jornalistas Livres, que irá fazer um boletim de ocorrência contra o agressor. “Pergunto, então, à Fiesp: como mantém esses ensandecidos acampados ali? E se fôssemos nós, na sua porta, com barras de ferro e porretes? Ao Alckmin: pode essa horda ficar brandindo porrete, literalmente, no meio da Paulista? Ameaçando? Agredindo? O que tem dentro das barracas?”, questionou.

Acampados na Fiesp, apoiadores do golpe ameaçam manifestantes contra impeachment. MIDIA NINJA / CC
Acampados na Fiesp, apoiadores do golpe ameaçam manifestantes contra impeachment. MIDIA NINJA / CC


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