
Depois de falhar no gol do Atlético-PR, que resultou na vitória do Atlético-PR, ser vaiado pela torcida e ver seu time perder o equilíbrio emocional, Marcelo Grohe virou o grande herói da classificação do Grêmio para a próxima fase da Copa do Brasil. Ele defendeu três cobranças do time paranaense e garantiu a vaga para as quartas de final.
No fim, com a vitória de 4 a 3 assegurada, chorou ajoelhado dentro de seu gol.
Os dois times, na verdade, abusaram da incompetência no momento decisivo. Das 16 cobranças, apenas sete foram convertidas. Quando o resultado estava em 3 a 3, Paulo Autori mandou Juninho para a cobrança decisiva. Wéverton, que já tinha defendido três, ergueu o braço de longe e pediu para bater. Se marcasse, seria o grande personagem da partida por defender e marcar. Esbarrou em Grohe: chutou no canto esquerdo e o goleiro do Grêmio, com o braço esquerdo, fez a defesa.
Em campo, no primeiro jogo do técnico Renato Portaluppi, o Grêmio revelou seus velhos problemas. Teve maior controle de bola, procurou atacar, mas não conseguiu aproveitar as chances. A melhor delas logo aos quatro minutos: Maicon lançou rasteiro, pelo meio, os zagueiros falharam e Henrique Almeida ficou livre, na frente do goleiro. O chute saiu rasteiro, desviado.
A partir daí, o Atlético corrigiu a marcação e passou a reduzir os espaços. O Grêmio trocava passes de um lado a outro, mas forçava pouco no ataque. Para complicar, o Atlético fez 1 a 0 aos 30 minutos: Ernani chutou, Marcelo Grohe não segurou firme, e André Lima tocou para a rede.
A torcida reclamou, Grohe ficou perturbado e, nos raros momentos em que tocou na bola, ouviu vaias da torcida. Todo o time ficou intranquilo.
Na volta para o segundo tempo, apesar de seguir dominando, o Grêmio não encontrava alternativas. Aos 17 minutos, Renato fez sua primeira troca: de Henrique Almeida por Guilherme. Ao sair de campo e ouvir as vaias da torcida, o atacante fez um gesto com o dedo indicador em direção à arquibancada e aumentou a raiva dos torcedores.
Pouco depois, Batista substituiu Pedro Rocha.
A partir dos 30, o Grêmio teve seus melhores momentos de ataque. Aos 30, Maicon chutou para defesa de Wéverton; aos 31, Guilherme driblou, entrou na área e tocou na saída do goleiro. Wéverton defendeu. Aos 37, Luan entrou livre pelo lado direito, tentou tirar de Wéverton, mas chutou desviado. E, aos 38, Guilherme chutou por cima.
Com o resultado de 1 a 0, o Atlético anulou a vantagem conseguida pelo Grêmio em Curitiba. A decisão foi então para os pênaltis.
A sequência foi esta:
Maicon: chute no canto direito, 1 a 0
Tiago Heleno: cobrança no meio do gol, 1 a 1
Walace: canto direito, defesa de Wéverton
Otávio: no meio, Grohe defende
Douglas: chute fraco, no canto direito, defesa de Wéverton
Zé Ivaldo: chute alto demais, segue 1 a 1
Luan: cobrança no mesmo canto direito, terceira defesa de Wéverton
Ernani: a melhor cobrança, 2 a 2
Os times foram então para os chutes alternados:
Marcelo Oliveira: bem batido, 3 a 2
Marcos Guilherme: chute no meio do gol, Grohe ainda tocou na bola, 3 a 3
Kannemann: chute alto demais
Neste momento, se o Atlético fizesse, o Grêmio estaria eliminado. Quando Juninho pegou a bola, Wéverton disse que ele bateria.
Na cobrança, Grohe defendeu
Guilherme: chute seguro, 4 a 3
Paulo André: chute no travessão, Grêmio classificado