Da Redação
Uma vigília de 24 horas foi iniciada no final da tarde do sábado (17), no Jardim Botânico de Porto Alegre, para defender a manutenção da Fundação Zoobotânica (FZB) como instituição de pesquisa científica e educação ambiental do Estado. A instituição é uma das nove fundações estaduais ameaçadas de extinção por projetos do governo de José Ivo Sartori. Seu fechamento colocará em risco a manutenção de serviços como a extração de veneno de cobras para a produção de soro antiofídico e as políticas públicas de proteção à natureza no Estado.
A noite foi realizada uma pré-ocupação, termo escolhido por manifestante para enfatizar o estado de apreensão quanto à extinção e suas consequencias negativas para a gestão ambiental no Rio Grand do Sul, e para anunciar a disposição de posturas mais contundentes em relação à proposta. Um acampamento com cerca de 30 barracas e mais de 50 pessoas, foi montado no gramado junto à rua, ocupado por funcionários, ambientalistas e estudantes que entraram na vigília. Houve também um ato com tochas de fogo e velas para o qual foram convidados os vizinhos. Preocupados com o risco de extinção as pessoas truxeram velas para colocar num santuário improvisado embaixo da faixa “Não à extinção da FZB”.
Apesar da manifestação, o Jardim Botânico está aberto para os visitantes, que ao chegarem no Pórtico de Entrada são convidados para uma caminhada orientada pelo parque. Nesta ocasião, são explicados os inúmeros motivos para a manutenção da instituição pública, que é reconhecida pela sua excelência científica em todo o Brasil.
Os visitantes também recebem informações sobre o orçamento da FZB, que representa 0,04% do total de dispêndios do Estado do Rio Grande do Sul. Em contrapartida, a fundação capta anualmente milhares de reais em editais de pesquisa nacionais e internacionais. Nos últimos quatro anos, foram quase quatro milhões de reais que chegaram ao Estado através dos pesquisadores da FZB em parceria com agências de fomento.
A vigília se encerra às 17h horas deste domingo.
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