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14 de fevereiro de 2017
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12:53

Número de pessoas em situação de miséria no Brasil aumentará em pelo menos 2,5 milhões

Por
Sul 21
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Número de pessoas em situação de miséria no Brasil aumentará em pelo menos 2,5 milhões
Número de pessoas em situação de miséria no Brasil aumentará em pelo menos 2,5 milhões
Por meio de simulações, o relatório projetou a taxa de pobreza extrema no país, calculada em 3,4% em 2015, com e sem o incremento no Bolsa Família. (Foto: Arquivo/EBC)

Da Redação*

De acordo com estudo realizado pelo Banco Mundial, o número de pessoas vivendo em estado de pobreza no Brasil aumentará entre 2,5 milhões e 3,6 milhões até o fim deste ano. Denominados de “novos pobres” pela instituição internacional, o perfil inclui, em sua maioria, adultos jovens, de áreas urbanas, com escolaridade média e que foram expulsos do mercado de trabalho formal pelo desemprego. Neste caso, o termo “novo” se refere ao grupo de pessoas que estavam acima da linha da pobreza em 2015 e já caíram ou cairão abaixo dela neste ano.

A pesquisa aponta ainda que, se o País pretender investir e estancar o crescimento da pobreza extrema aos níveis de 2015 — base mais atual de dados oficiais sobre a renda — o governo terá que aumentar o orçamento do Bolsa Família este ano para R$ 30,4 bilhões no cenário econômico mais otimista e para R$ 31 bilhões no quadro mais pessimista. Segundo dados do Governo Federal, para 2017, o programa de transferência de renda tem R$ 29,8 bilhões garantidos.

Segundo dados levantados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2015, o Banco Mundial registrou um crescimento de 1,3% (em comparação com 2014) de pessoas abaixo da linha da pobreza – o equivalente a 17,3 milhões de brasileiros. Este foi o primeiro aumento registrado na década e, segundo a instituição financeira, seguirá em ascensão se não houver incentivo a políticas de diminuição da miséria.

O benefício do Bolsa Família é variável; depende da composição familiar, número e idade dos dependentes, presença ou não de gestantes, entre outros aspectos. Assim, os técnicos da instituição internacional fizeram uma análise complexa para estimar o ajuste necessário no programa. Segundo as projeções, de 810 mil a 1,1 milhão de famílias serão elegíveis para receber o benefício este ano, o que demandará o orçamento adicional calculado, tanto no quadro otimista quanto pessimista.

Por meio de simulações, o relatório projetou a taxa de pobreza extrema no país, calculada em 3,4% em 2015, com e sem o incremento no Bolsa Família. Se o programa não aumentar, aponta o Banco Mundial, a proporção de brasileiros em situação de miséria subirá para 4,2% este ano no cenário otimista e para 4,6% no pessimista. Conforme recomendação, caso a cobertura seja ampliada a taxa terá um leve crescimento para 3,5% e 3,6%, nos dois quadros econômicos traçados.

*Com informações do O Globo.


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