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9 de maio de 2017
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22:49

Justiça mantém necessidade de negociação coletiva nas demissões da Fundação Piratini

Por
Sul 21
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Justiça mantém necessidade de negociação coletiva nas demissões da Fundação Piratini
Justiça mantém necessidade de negociação coletiva nas demissões da Fundação Piratini
Para movimento de servidores, decisão reconhece importância da comunicação pública | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Da Redação

A 18ª Vara do Trabalho de Porto Alegre manteve a decisão que torna definitiva necessidade de negociação coletiva entre o governo do Estado e os servidores demitidos da Fundação Piratini – que inclui a TVE e a rádio FM Cultura. A decisão foi proferida nesta segunda-feira (08) pelo juiz João Batista Sieczkowski Martins Vianna.

O juiz determina que a Fundação Piratini “se abstenha da prática de qualquer ato tendente a esvaziar as respectivas atividades, até que efetivada e concluída a prévia negociação coletiva assegurada como condição à despedida em massa”. A decisão também reitera que “a produção de atividades informativas, culturais, educativas, jornalísticas e de comunicação se insere dentre as atividades essenciais do Estado”, o que legitima “a hipótese de ser criada fundação estatal privada para a consecução desse escopo”.

Em dezembro, os sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas ajuizaram ação pedindo que a negociação coletiva fosse respeitada. “Na ação, ajuizada em dezembro do ano passado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (SINDJORS) e pelo Sindicato dos Radialistas, fora concedida liminar nesse sentido. Desde então, o governo do Estado tenta, sem sucesso, derrubá-la”, afirma o Sindjors sobre a decisão desta segunda.

Para o Movimentos dos Servidores da TVE e da FM Cultura, a decisão desta semana sinaliza que a Justiça do Trabalho entendeu “a falta de motivo concreto para as demissões”, já que o razão econômica, levantada pelo governo durante apresentação da proposta de extinção das fundações, não se confirmou.

Em nota ao Sul21, o movimento afirma: “Além disso, [a Justiça] percebeu o risco que a Comunicação Pública, que é dever do Estado, corre se os servidores forem substituídos por um outro modelo, que certamente será a terceirização. Não há como fazer Comunicação Pública sem os servidores públicos”.

O governo do Estado ainda pode recorrer à decisão.


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