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15 de julho de 2017
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13:47

Em plenária, CUT sai em defesa de Lula e anuncia ato na Capital na próxima quinta (20)

Por
Sul 21
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Claudir Nespolo. Foto: CUT-RS

Da Redação*

A defesa da democracia, com eleições diretas já e a revogação das reformas de Michel Temer, e a solidariedade ao ex-presidente Lula, condenado na última semana pelo juiz Sérgio Moro, foram destacadas na abertura da 15ª Plenária Estadual/Congresso Extraordinário da CUT-RS, ocorrida no início da noite desta sexta-feira (14) no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Presente no evento, o senador Paulo Paim (PT) ressaltou que, se Dilma Rousseff estivesse na presidência, a reforma trabalhista nunca teria passado no Congresso. “Essa reforma só serve ao patronato e ao mercado”, frisou. “Fizemos o bom combate, com as senadoras valentes que ocuparam a mesa do Senado”.

“Espero que o líder do governo e senador Romero Jucá (PMDB) renuncie ao mandato”, cobrou Paim ao comentar que ele não entregou o que havia prometido aos senadores aliados de Temer que votaram a favor do projeto.

O senador petista ressaltou que a classe trabalhadora precisa se preparar muito. “Se prenderem o Lula, ele entra para a história como um novo Nelson Mandela e existirão movimentos aqui e no mundo por sua libertação”.

Paulo Paim participou da plenária. Foto: CUT-RS

Ato na próxima quinta (20)

O presidente da CUT-RS,  Claudir Nespolo, destacou a importância da unidade neste período. “Estamos fazendo história e o caminho está aberto. Vamos ter que transformar a indignação do povo em atitude. Analisar as narrativas e ver como dialogar com as massas. E não tenho dúvida de que estamos prontos para percorrer esse caminho”.

Ele anunciou que a próxima quinta-feira (20) será dia de atos nacionais, em todas as capitais dos estados, contra as reformas de Temer, por diretas já e em solidariedade a Lula.

Suélen Gonçalves, representante da Frente Brasil Popular, destacou que “construímos a resistência em todos os campos” e que é necessário dialogar e levar plano de emergência para o próximo período. Suélen apontou que a organização é fundamental para enfrentar o próximo período. “Não podemos sair das ruas, mas temos que ter unidade e estar organizados nas bases”.

Representando a Presidência da Assembleia, o deputado Adão Villaverde (PT-RS) disse que o momento é de afirmar e reafirmar a soberania e a democracia do país. “Não aceitamos uma democracia tutelada por uma confederação de investigados”, observou.

Villaverde apontou que a conjuntura de crise é mundial. “Globalização, o setor financeiro, sistema neoliberal não tem a noção de uma nação soberana para a construção de um projeto de desenvolvimento”, declarou.

Para o parlamentar, governantes ilegítimos tentam recolocar a classe trabalhadora numa condição submissa e escravagista. “Não aceitaremos este retrocesso. Por isso, a importância do congresso de uma entidade como a CUT e, em meio a este cenário, pensar um projeto para recuperar a soberania do Brasil”, concluiu.

*Com informações da CUT-RS


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