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6 de junho de 2025
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16:27

Adeptos às religiões de matriz africana dobram no RS em 10 anos, mostra Censo

Por
Sul 21
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“Na Capital Gaúcha não se dorme sem ouvir ao fundo o barulho dos tambores do Batuque, da Umbanda ou da Wuimbanda”, afirma Baba Diba. Foto: Luiza Castro/Sul21
“Na Capital Gaúcha não se dorme sem ouvir ao fundo o barulho dos tambores do Batuque, da Umbanda ou da Wuimbanda”, afirma Baba Diba. Foto: Luiza Castro/Sul21

O IBGE divulgou nesta sexta-feira (6) os dados do Censo Demográfico 2022: Religiões: Resultados preliminares da amostra, que apontam as mudanças no perfil religioso brasileiro. No Rio Grande do Sul, os resultados apresentam redução percentual do catolicismo apostólico romano e aumento de evangélicos e dos sem religião, tendência registrada também no resto do país. Porém, o estado tem um diferencial: o crescimento da Umbanda e do Candomblé, que dobrou em relação a 2010.

Entre 2000 e 2022, a população praticante de religiões de matriz africana quase triplicou no Rio Grande do Sul. No início do século, pouco mais de 100 mil pessoas de 10 anos de idade ou mais se identificavam como praticantes de Umbanda ou Candomblé. Em 2010, eram cerca de 136 mil. Hoje, esse grupo já ultrapassa a marca de 300 mil, ou 3% do estado.

A redução dos católicos foi a mais acentuada, passando de 69,3% para 60,6% desde 2010. Em 2000, 76,7% dos gaúchos se declaravam católicos. Mesmo assim, o estado mantém um dos maiores percentuais de católicos em relação aos demais estados, ficando na 11ª posição.

O principal fenômeno observado nos dados do Brasil é o aumento de 5,3 pontos percentuais no número de evangélicos, passando de 21,6% em 2010 para 26,9% em 2022. O Rio Grande do Sul, da mesma forma, teve crescimento no número de evangélicos, passando de 18% para 21,4% no período.

 

A categoria Umbanda e Candomblé de “religião” inclui outras religiões afrobrasileiras. Arte: IBGE

Nos municípios do Rio Grande do Sul, os católicos apostólicos romanos são predominantes em 381 município, com mais da metade da população com 10 anos ou mais de idade praticante do catolicismo. Em 66 municípios, o percentual de católicos ultrapassa os 90% da população local.

Os evangélicos, por sua vez, representam mais da metade da população em 58 municípios. Os praticantes de Umbanda e Candomblé estão presentes em 344 municípios e, em 45 municípios, ficaram acima da média do estado (3,2%).


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