
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas deflagrou nesta quinta-feira (29) a Operação Fim do Silêncio com o objetivo de prender suspeitos de crimes sexuais e tortura contra menores na cidade, de 4 a 14 anos. A Polícia Civil executou 15 ordens judiciais, entre mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em Canoas, Gravataí e Tramandaí. Ao menos seis pessoas foram presas.
Segundo o delegado Maurício Barison, a ação busca desmantelar a principal defesa dos predadores, que seria o silêncio das vítimas. As investigações apuraram casos de abusos cometidos por familiares e pessoas próximas das vítimas, como pais, avôs e instrutores.
De acordo com a Polícia Civil, as agressões investigadas não têm apenas impacto físico, mas também geram danos emocionais que se estendem ao longo da vida, manifestando-se em ansiedade, isolamento social e, em casos extremos, automutilação e ideação suicida.
A operação foi realizada em seis bairros de Canoas, incluindo Estância Velha e Guajuviras, o que indica, segundo a Civil, que o combate à violência sexual é uma questão universal, independente do contexto socioeconômico.
O delegado Cristiano Reschke destacou a importância da operação, especialmente durante o Maio Laranja, mês dedicado ao combate à violência sexual infantil, e pontuou que a Polícia Civil empregará toda a atenção disponível para a célere solução dos casos e efetiva responsabilização criminal dos agressores, abusadores e também daqueles que sabendo se omitem de alertar as autoridades competentes.
“A sociedade precisa ver cada policial como um agente de proteção. Não podemos e não iremos permitir que nossas crianças e adolescentes vivam sob o medo. É dever de todos nós garantir um ambiente seguro e livre de violência”, disse o delegado.