
A Diretoria de Vigilância em Saúde de Porto Alegre divulgou nesta terça-feira (27) a atualização dos dados sobre a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e os atendimentos por doenças respiratórias nas unidades de saúde e prontos atendimentos da Capital em 2025. O levantamento aponta que, entre o início do ano e 24 de maio, três pessoas morreram em decorrência do vírus da influenza e seis por covid-19, nenhuma das vítimas havia sido vacinada contra os vírus.
Os dados são apresentados por Semana Epidemiológica (SE), esse levantamento aborda da SE 1 a SE 21, correspondente ao período de 29 de dezembro de 2024 a 24 de maio de 2025. A partir do início de abril deste ano, os dados mostram aumento progressivo de casos e da procura por atendimento. Desde a segunda semana de maio, com o início da Operação Inverno, os boletins passaram a ser publicados quinzenalmente.
Um dos gráficos apresentados mostra a relação entre os óbitos por covid-19 e influenza e o histórico vacinal das pessoas falecidas. Das nove mortes registradas, três por influenza e seis por covid, nenhum dos indivíduos havia tomado as vacinas disponíveis para prevenção das doenças.
O levantamento de SRAG considera casos que demandaram internação. No total do período analisado, foram notificados 1.183 casos, sendo 719 entre residentes de Porto Alegre. A análise por faixa etária aponta predominância de casos graves entre crianças menores de cinco anos e pessoas com mais de 60 anos. Do total de casos entre residentes da capital, 507 evoluíram para cura, 45 resultaram em óbitos em decorrência da SRAG e seis mortes ocorreram por outras causas. Outros 161 casos seguem em investigação.
Em razão da intensificação da circulação de vírus respiratórios e do aumento nas internações por SRAG, a Prefeitura de Porto Alegre decretou situação de emergência em saúde pública no último dia 16 de maio. A medida tem como objetivo ampliar a capacidade de resposta da rede assistencial e evitar a desassistência da população mais vulnerável, especialmente crianças e idosos.