Oito estudantes do Colégio Estadual Manoel Ribas, em Santa Maria, sentiram-se mal nesta segunda-feira (24) devido ao calor extremo e foram atendidos em uma UPA. De acordo com Maíra Couto, diretora do Cpers na região, os estudantes eram de ensino médio e tiveram queda de pressão.
“A gente já esperava que algo assim fosse acontecer. Na semana anterior ao início das aulas, os professores fizeram atividades de formação e já tinha acontecido de alguns deles passarem mal. Com essa segunda onda de calor e a sala cheia de alunos, a gente imaginou que algo assim aconteceria”, relata Couto.
Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou que a coordenadoria regional responsável pela região de Santa Maria “acompanha a situação no Colégio Estadual Manoel Ribas desde segunda-feira” e que o coordenador regional esteve na instituição de ensino para tratar dos fatos. De acordo com a Seduc, “o colégio possui 45 aparelhos de ar condicionado, todos revisados recentemente. Nove estão em manutenção para reposição de gás, e os demais funcionam normalmente”. A escola também recebeu, enfatiza o texto, R$ 160 mil via Agiliza Educação, “recurso que pode ser usado, por exemplo, para compra de ventiladores, ares-condicionados, bebedouros e reparos básicos”.
A secretaria informou também que turmas que estudavam em salas com problemas de climatização foram realocadas para locais como laboratórios e auditórios, que tem melhor estrutura. “A escola também ampliou o fornecimento de água e adaptou a merenda, incluindo opções leves, como frutas e verduras”, completa a nota da Seduc.
A diretora do núcleo regional do Cpers relata que medidas como deslocar as turmas para espaços com ar-condicionado têm sido rotineiras nas instituições de ensino de Santa Maria. “As escolas estão se virando como podem. A maioria tem algum espaço com ar-condicionado, como laboratórios”, conta.
No entanto, ela ressalta que seis escolas tiveram pane elétrica e outras têm sofrido com quedas constantes de energia. “A energia fica caindo toda hora em muitas escolas com este calor extremo”, relata.
