
Para marcar os dois anos da invasão da Praça dos Três Poderes e a tentativa de golpe por parte de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, um ato foi realizado no começo da manhã desta quarta-feira (8) no Dopinha, centro de tortura clandestino em Porto Alegre que funcionou durante a ditadura civil-militar (1964-1985).
Praticada pelos movimentos Multiplicidade, Esperançar e Juventude do PT, a ação simbólica fez referência ao ataque à democracia brasileira do dia 8 de janeiro de 2023 e cobrou a punição dos responsáveis para que períodos de repressão, censura e tortura não se repitam na história do Brasil.
A intervenção apresenta manchas “de sangue” e faixas com frases como “A memória exige verdade, a justiça exige coragem”, “Ainda estamos aqui” e o pedido de “Não à anistia, sim ao PL 023/25” – uma referência ao projeto de lei que pretende criar a Comissão da Memória e Verdade na Câmara, protocolado pela vereadora Juliana de Souza (PT).

“Hoje, os movimentos Movimentos Esperançar, JPT e Multiplicidade reafirmam seu compromisso com a memória, a verdade e a justiça. Na ação direta que realizou-se em frente ao antigo Dopinho, centro de detenção da ditadura militar, nossa faixa carrega uma mensagem clara: ‘Memória e Justiça exigem Verdade e Coragem! Ainda estamos aqui!’, diz nota publicada pelos grupos.
“Não podemos esquecer, não podemos perdoar. A luta pela verdade histórica é a base para a construção de uma sociedade justa e democrática. Dizemos não à anistia aos golpistas do 8 de janeiro! A impunidade não é caminho para a democracia. Bolsonaro e os generais golpistas na cadeia!”, afirma o comunicado, enfatizando que a criação da Comissão da Memória e Verdade em Porto Alegre é um passo essencial para resgatar a memória coletiva e “garantir que atrocidades do passado não se repitam”.
