Geral
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8 de novembro de 2024
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17:54

Censo mapeou mais de 400 mil pessoas vivendo em favelas no RS em 2022

Por
Yasmmin Ferreira
yasmmin@sul21.com.br
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O suplemento do Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (8), destaca as disparidades raciais e de alfabetização entre a população residente em favelas e comunidades urbanas no Brasil. O levantamento mapeou 12.348 favelas em 656 municípios, onde as condições de habitação e o acesso a serviços básicos, como educação, ainda são precários. 

Dos 16,39 milhões que vivem nestes espaços, 9,31 milhões se identificam como pardos e outros 2,64 milhões como pretos – refletindo desigualdades persistentes em várias áreas do país. Apenas na região Sul, foram identificadas 1.278 favelas, abrigando cerca de 968 mil pessoas. Dentro deste cenário, há 317.007 pardos, 106.925 negros, 1.735 indígenas e 35.865 (maiores de 15 anos) analfabetos. 

No Rio Grande do Sul, foram registradas 481 favelas, com uma população residente de 416.428 pessoas, o que representa 3,83% dos cidadãos do estado. Entre os moradores de favelas no RS, 99.973 se identificam como pardos, 66.936 como pretos e 36.102 como indígenas. Além disso, entre os residentes com 15 anos ou mais, 14.946 são analfabetos.

Na Região Metropolitana de Porto Alegre, o censo identificou 295 favelas, onde vivem cerca de 289.584 pessoas – o que representa 7,87% da população regional. Dos moradores dessas áreas, 68.054 se identificam como pardos e 51.898 como pretos. Entre a população com 15 anos ou mais, 9.848 pessoas são analfabetas.

Especificamente na Capital, foram mapeadas 125 favelas, onde vivem aproximadamente 175 mil pessoas, 13,17% dos habitantes municipais. Dentre os domicílios da cidade, 10,07% estão localizados em favelas. 

A população residente é composta por 42.831 pessoas que se identificam como pardas, 39.797 como pretas e 2.957 como indígenas. Entre os habitantes com 15 anos ou mais, 5.945 são analfabetos.


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