Geral
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26 de outubro de 2024
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15:00

Antonella: primeira bebê do Sul do Brasil gerada com DNA de dois pais

Por
Yasmmin Ferreira
yasmmin@sul21.com.br
Mikael, Antonella e Jarbas. Foto: Divulgação.
Mikael, Antonella e Jarbas. Foto: Divulgação.

No Dia Internacional da Luta contra a Homofobia, 17 de maio, nasceu – em Imbé, Rio Grande do Sul – Antonella. Ela é a primeira bebê do Sul do Brasil gerada por barriga solidária com o DNA de dois pais. O processo, realizado por fertilização in vitro, utilizou o óvulo da irmã de um dos pais e o sêmen do outro, contando ainda com a gestação de Jéssica Koing, amiga da família.

“Nós entendemos com a Medicina que, no momento em que utilizamos o óvulo da minha cunhada com o meu sêmen, a nossa filha tem o DNA dos dois papais. Isso acontece pelas cargas genéticas do óvulo da minha cunhada, que é o mesmo do irmão dela, meu esposo (Mikael Mielke), e pela minha carga genética do sêmen”, explica Jarbas Bitencourt, um dos pais de Antonella.

Jarbas e Mikael estão juntos há 16 anos e sentem que a chegada da filha completou sua família. “É a melhor vida que poderíamos ter, né? A gente fala que nós só temos uma vida, e eu acho que nós começamos a viver a vida agora, com a chegada dela”, afirma Bitencourt. Ele descreve Antonella como uma bebê calma e alegre, que trouxe uma energia “repleta de amor e emoção” ao lar. Além disso, destaca que, até agora, a experiência tem sido muito positiva: “Graças a Deus, até então, não temos preocupações, porque ela não nos deu nenhum tipo de preocupação até o momento. Sabemos que essas etapas existem numa criação de um filho, vai ter um momento em que nós vamos ter preocupações, mas até o presente momento nós não estamos tendo”, diz.

Em relação à rotina com a nova integrante do lar, o casal se organizou para que Mikael, sendo autônomo, pudesse se dedicar aos cuidados diários da bebê, enquanto Jarbas trabalha fora. Também, ambos os pais optaram por não levar Antonella a uma creche antes de um ano e meio, para aproveitar ao máximo a fase da primeira infância. “Quando eu não estou em viagem, ou quando chego depois do horário do trabalho, eu ajudo com os afazeres de casa e com os cuidados da própria neném. Fico com ela. E quando eu viajo, o Mika toca tudo sozinho, ele dá conta”, pontua Bitencourt, e complementa: “É isso que a gente quer, viver a paternidade”.


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