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11 de maio de 2024
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12:14

Enchente no RS: Pelotas e Rio Grande já têm mais de 900 pessoas em abrigos

Por
Sul 21
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Resgates realizados pela Defesa Civil, Exército, Bombeiros e voluntários no bairro Laranjal. Foto: Michel Corvello
Resgates realizados pela Defesa Civil, Exército, Bombeiros e voluntários no bairro Laranjal. Foto: Michel Corvello

Cerca de 960 pessoas já precisaram procurar abrigos em Pelotas e Rio Grande devido à enchente que agora afeta a região sul do estado. Em Pelotas, o nível do canal São Gonçalo está em 2,76 m, conforme atualização da Prefeitura local às 10h deste sábado (11). A Lagoa dos Patos apresenta dificuldade para medição. Devido ao transbordamento na região do Laranjal, a água se espalhou e levou a uma falsa impressão de diminuição do nível das águas pela régua. O município já tem 632 pessoas em abrigos. Já a última atualização publicada pela prefeitura de Rio Grande, às 19h de sexta (10), informa que o nível da Lagoa dos Patos está em 2,36 m, 1,56 m acima do nível normal. A gestão municipal compilou informações sobre áreas de risco neste documento (confira no final do texto).

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Em atualização na noite desta sexta-feira (10), a prefeitura de Pelotas informou que a elevação das águas e o vento desfavorável que atingem a região contribuíram para as inundações de parte do balneário Valverde, no Laranjal. Desde a madrugada desta sexta-feira (10), equipes atuam no resgate de animais e de moradores ilhados na localidade. Em decorrência do avanço da Lagoa em direção ao bairro, algumas localidades já apresentam profundidades próximas a 1,50 metro. “Moradores que ainda não deixaram suas casas devem sair imediatamente”, diz a nota.

O transporte coletivo urbano circulará normalmente no fim de semana de acordo com as tabelas de sábado e domingo. Para acessar os abrigos em Pelotas, é necessário entrar em contato com a Defesa Civil do município, pelo telefone 153.

Demais localidades que se encontram na área de risco, conforme mapa divulgado pela Prefeitura (confira abaixo), também devem procurar pontos seguros, na casa de familiares e amigos, ou em um dos sete abrigos públicos do Município. O balneário Valverde, no Laranjal, a Colônia Z3, Pontal da Barra, Doquinhas e sob a ponte que liga Pelotas a Rio Grande, sobre o canal São Gonçalo, são consideradas áreas de inundação. Está sendo realizado um trabalho de elevação nos diques e uma força-tarefa para evitar que a água avance para dentro da cidade.

Conforme a Prefeitura de Rio Grande, o município está com as seguintes áreas em risco:

  • Zona da Lagoa: Cidade Nova, da Avenida Portugal até a Lagoa; Cohab I e II, Buchholz a partir da Visconde de Mauá até a Lagoa); Miguel de Castro Moreira (a partir da Henrique Pancada); Rheingantz e Presidente Vargas até o Saco da Mangueira; Vila Prado.
  • Zona Central: Centro Histórico; Lar Gaúcho (por totalidade); Navegantes (por totalidade); BGV; Duas quadras no entorno do Canalete para sul e para norte (Major Carlos Pinto); Barroso até a Benjamin Constant; Coronel Sampaio; Francisco Marques.
  • Zona Avenida Itália: Do Trevo até Bernardeth.
  • Zona Oeste Orla: São Miguel e São João; Bernardo Taveira até a Lagoa; Recreio e Profilurb; Barão de Santo ngelo até a Lagoa; Vila Maria dos Anjos
  • Zona Porto Novo: Vila Militar; Santa Tereza (por totalidade); BGV;
  • Zona Portuária Industrial (Distrito Industrial): Barra (nova e velha – por totalidade) e Mangueira (por totalidade)
  • Distrito das Ilhas: Ilha dos Marinheiros; Ilha do Leonídio; Ilha da Torotama e Vila da Quinta (todas por totalidade).
  • Zona da Lagoa Verde: Bolaxa e Senandes.

O bloqueio de vias estará sujeito a variação dos níveis da Lagoa dos Patos e sua influência sobre as vias urbanas. A orientação é que os motoristas evitem as áreas das zonas de risco. O acesso às ilhas está interrompido para veículos terrestres de maneira geral.

O município tem mais de 300 pessoas em abrigos (confira aqui a lista dos locais).

A Secretaria de Município de Mobilidade Acessibilidade e Segurança (SMMAS) informa que o transporte público municipal encontra-se totalmente afetado às condições de alagamentos das vias municipais. Os horários estão sendo dosados visando a economia do Diesel disponível para o transporte público e a diminuição abrupta da demanda.


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