Saúde
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5 de maio de 2023
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19:35

Ministra anuncia equipamentos para Oncologia do GHC em cerimônia de posse da nova direção

Por
Sul 21
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Ministra fez anúncios durante a posse do novo presidente do Grupo Hospitalar Conceição, Gilberto Barichello | Foto: Divulgação/GHC
Ministra fez anúncios durante a posse do novo presidente do Grupo Hospitalar Conceição, Gilberto Barichello | Foto: Divulgação/GHC

Nesta sexta-feira (5), a ministra da Saúde Nísia Trindade anunciou a destinação de um acelerador linear para radioterapia e R$ 29 milhões para a aquisição de equipamentos e mobiliário para o novo Centro de Oncologia do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), que está em fase final de construção e deve entrar em funcionamento em 2024 com tratamentos pelo SUS. O anúncio foi feito durante a cerimônia de posse do novo presidente do Grupo, Gilberto Barichello.

Em Porto Alegre, a ministra também anunciou a publicação de uma portaria para destinar R$ 32 milhões ao Programa de Redução de Filas para cirurgias eletivas do Estado. A expectativa é que o recurso permita realizar 17 mil procedimentos no Rio Grande do Sul. “Temos desafios imensos a vencer, temos a noção de que precisamos ter uma grande unidade nacional pela bandeira da saúde. O SUS precisa ser uma bandeira de toda a sociedade”, reforçou a ministra, ao saudar a declaração da OMS decretando o fim da emergência sanitária mundial do Covid-19. “Não é o fim da pandemia, ao contrário, é uma sinalização que estamos em outro momento, que superamos os momentos mais graves”. 

Presente no evento, a secretária de Saúde Arita Bergmann saudou a nova diretoria do grupo hospitalar. “O GHC está dizendo sim ao SUS ao ter aderido a este programa que vai injetar esses 32 milhões no teto do Estado, permitindo promover essas cirurgias”.

De acordo com Barichello, o GHC deve realizar 2 mil cirurgias dos 17 mil procedimentos previstos neste montante.

Na oportunidade, o novo diretor assinou três portarias, duas delas voltadas para o enfrentamento à violência de gênero. A primeira institui Grupo de Trabalho composto por 16 integrantes (oito da direção e oito das representações sindicais das categorias para elaborar Política de Enfrentamento do Assédio Moral e sexual. A segunda institui comissão interna para elaborar uma política de atenção, acolhimento e humanização no atendimento às mulheres em situação de violência (doméstica, familiar, urbana). E a terceira portaria reinstala a Mesa Setorial Permanente de Negociação entre entidades sindicais e diretoria, para o diálogo permanente entre as categorias e a direção da instituição para tratar das questões relacionadas às demandas das categorias. 

Barichello destacou que as portarias foram construídas em reuniões com 14 sindicatos que compõem a base das trabalhadoras e trabalhadores do grupo. “A saúde não se faz com profissões, saúde se faz com equipe. Estou falando de multidisciplinariedade e múltiplas profissões envolvidas, pois é assim que o SUS volta a funcionar”, destacou. “Somos o único hospital que tem mesa de negociação e que terão reuniões ordinárias para discutir as relações de trabalho”, ressaltou. “A construção do Sistema Único de Saúde se faz com os usuários, trabalhadores e representações dos trabalhadores”.

Referência no atendimento do SUS, o Grupo Hospitalar Conceição é formado pelos hospitais Conceição, Criança Conceição, Cristo Redentor e Fêmina, além da UPA Moacyr Scliar, de 12 postos de saúde do Serviço de Saúde Comunitária, de três Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e da Escola GHC.

Pela manhã, durante o 1º Fórum Social das Periferias de Porto Alegre, na Vila Cruzeiro, sindicatos de servidores estaduais conversaram com a ministra sobre a situação do IPE Saúde. Representantes da Frente dos Servidores Públicos do RS (FSP) entregaram um documento em defesa do instituto. Os servidores solicitaram que a ministra postule junto ao governo do Estado o estabelecimento de uma mesa de negociação para o debate sobre a proposta de reestruturação IPE.

No documento, os servidores alertam sobre os impactos que o projeto do governo do estado para o IPE Saúde poderá acarretar ao SUS. “Se a proposta do governador Eduardo Leite for aprovada, o SUS poderá entrar em colapso por conta do elevado número de usuários que irão deixar o IPE Saúde”, comenta o presidente do Sintergs, Antonio Augusto Medeiros.

O dirigente e a diretora do sindicato Angela Antunes participaram da entrega do documento com os dirigentes do Sindjus, SIMPE, SindTCE e Afocefe, representando a FSP.

 


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