
Com a prisão de Renan da Silva Sena nesta sexta-feira (20) pela Polícia Federal, na operação Lesa Pátria, já são três os envolvidos nos atos de terrorismo em Brasília de 8 de janeiro que trabalharam no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH) sob o comando da bolsonarista Damares Alves, eleita senadora. A ofensiva da PF tem como alvo pessoas que participaram, financiaram, organizaram ou incentivaram o ataque golpista às sedes dos Três Poderes.
Sena, que tem 58 anos, foi funcionário terceirizado da pasta de Damares, e acabou demitido após divulgar vídeo ofendendo autoridades. Foi preso em Candangolândia, cidade-satélite de Brasília. Ficou conhecido por agredir e cuspir em enfermeiras durante um protesto das profissionais durante a pandemia de covid-19.
Em 6 de janeiro ele publicou um vídeo a partir do QG do Exército em Brasília convocando para uma “grande ação neste fim de semana”. No ato de sua prisão foram encontrados R$ 22 mil em espécie em sua casa.
Wellington Macedo de Souza, que ocupou cargo comissionado de assessor no ministério de Damares Alves de janeiro a outubro de 2019, é um dos três réus implicados no planejamento dos ato fracassado de terrorismo, na véspera do Natal, que explodiria uma bomba em um caminhão carregado de combustível nas proximidades do aeroporto internacional de Brasília.
O terceiro envolvido com Damares relacionado a atividades ilegais, antidemocráticas e promovedoras de terrorismo é o blogueiro Oswaldo Eustáquio, de 44 anos. Na realidade, a proximidade é da mulher dele, Sandra Terena, ex-secretária de políticas de promoção da igualdade racial do mesmo ministério de Damares até setembro de 2020.
Eustáquio atualmente está no México, para onde fugiu no mês passado para não ser preso, após decretação pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele já havia sido preso em 2020 e foi solto com tornozeleira eletrônica também por envolvimento com atos antidemocráticos.