
O Comitê Científico de Apoio ao Enfrentamento a Pandemia Covid-19 do governo estadual emitiu, nesta sexta-feira (11), uma Nota Técnica com alerta e recomendações à população, como o reforço do uso de máscaras, da vacinação e a ampliação da testagem. A decisão ocorre após o aumento dos diagnósticos de casos de covid-19, a identificação da subvariante BQ.1 da ômicron no Rio Grande do Sul e os índices de cobertura vacinal das doses de reforço.
O documento sintetiza, em cinco tópicos, as orientações à população em geral e à gestão pública: recomenda que pessoas com sintomas respiratórios utilizem máscaras de proteção facial e que evitem locais fechados e com aglomerações de pessoas; reforça a orientação de uso de máscaras de proteção facial em locais com baixa ventilação e/ou riscos de aglomeração; reforça a importância das vacinas atuais e das campanhas de vacinação contra a covid-19, incluindo as doses de reforço; enfatiza que o ato de vacinar-se é importante para proteção de todas as pessoas da sua convivência; e sugere reforçar e ampliar a testagem na manifestação de quaisquer sintomas gripais, bem como o isolamento e a intensificação da vigilância genômica.
O Comitê destaca que variante ômicron tem se diversificado, gerando novas sub-linhagens e elevando o número de casos de covid-19 em diferentes partes do mundo. A BQ.1 foi detectada recentemente no Brasil e, apesar de não haver evidências de que possa causar uma doença mais severa, é mais resistente e pode apresentar maior transmissibilidade, o que pode facilitar o surgimento de novas variantes.
A Nota Técnica também ressalta que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas atuais contra covid-19 devem seguir protegendo contra a doença e suas formas mais graves provocadas pela infecção por essas novas variantes.
Até esta quinta-feira (10), três milhões de gaúchos estavam em atraso com a primeira dose de reforço contra a covid, equivalente à terceira dose, segundo o painel de Acompanhamento Vacinal da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Aproximadamente dois milhões de pessoas também não fizeram a segunda dose de reforço. O público que menos se vacinou é o da faixa de 18 a 40 anos.
Por conta desse quadro, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, reforçou o pedido para quem ainda não se vacinou que procure se imunizar. “O Estado do Rio Grande do Sul, que foi exemplo para saúde no país, acima de 90% de pessoas vacinadas com a primeira e a segunda doses, precisa se mobilizar para que a população volte às unidades de saúde”, afirmou.
Arita alertou para o risco de aumento de casos com a subvariante BQ1. “Está acontecendo em outros países e no Brasil. É um cenário que está muito mais próximo do que a gente imagina se os gaúchos não fizerem a vacina”, disse.