Da Redação
Os 36 vereadores da XVIII Legislatura da Câmara Municipal de Porto Alegre tomaram posse na tarde desta sexta-feira (1º/1), em cerimônia no Palácio Aloísio Filho, sede do Legislativo. Na mesma oportunidade, foram eleitos os integrantes da Mesa Diretora da Câmara, das comissões permanentes e da comissão representativa, que atua durante o recesso parlamentar. Os vereadores fizeram o juramento de posse e a legislatura foi oficialmente instalada.
O vereador Pedro Ruas (PSol) entregou comunicação informando a formação do bloco de oposição formado pelos vereadores e vereadoras do PSol, PT e PCdoB. O bloco será liderado por Pedro Ruas, tendo como vice-líder o vereador Aldacir Oliboni (PT).
O critério da proporcionalidade das bancadas não foi observado na eleição para a Mesa Diretora da Câmara. A oposição, com dois doss partidos com maior bancada na nova Legislatura (PSOL e PT), foi excluída da composição da Mesa e teve que fazer a disputa com uma chapa própria. A maioria governista elegeu toda a Mesa, com 26 votos, enquanto a oposição teve 10 votos. Com o resultado, a Câmara será presidida em 2021 pelo vereador Márcio Bins Ely (PDT), tendo como 1º vice-presidente Idenir Cechim, 2ª vice-presidente Comandante Nádia (DEM), 1º secretário Hamilton Sossmeier (PTB), 2ª secretária Mônica Leal (PP) e 3º secretário Clàudio Janta (SD).
Os parlamentares de oposição criticaram a atitude do bloco governista. Pedro Ruas classificou a atitude como “um gesto antidemocrático que não leva em conta a proporcionalidade dos votos, desrespeitando o Regimento Interno da Câmara. “Protesto também pela derrota absurda da proporcionalidade étnica, negra, da Mesa Diretora”, acrescentou o líder do bloco da Oposição.
Laura Sito (PT), apontou a contradição entre a fala de Sebastião Melo que, em seu discurso de posse, disse que defenderia o diálogo com a oposição, e a atitude de sua base na Câmara que, logo após esse discurso, ecluiu a oposição de todos os espaços da mesa diretora, desrespeitando a proporcionalidade da oposição que é um terço da casa.
“A bancada da situação decidiu nos excluir! Inclusive desrespeitando a Constituição e o Regimento Interno, absurdo!”, acrescentou a vereadora Bruna Rodrigues (PCdoB).
