Política
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22 de abril de 2022
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14:43

Tarso: ‘Está na hora de eu me retirar e impulsionar lideranças novas’

Por
Luís Gomes
luisgomes@sul21.com.br
Tarso Genro:
Tarso Genro: "Será no segundo turno uma nova e dura derrota do fascismo e do ódio (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Durante sua participação no podcast De Quinta, do Sul21, que foi ao ar nesta quinta-feira (21), o ex-governador Tarso Genro (PT) anunciou que não deve mais disputar eleições. Ele diz que considera sua participação eleitoral como “esgotada” e que vai se dedicar, no âmbito da política, a articulações internas do PT e a suas relações com lideranças políticas de outras legendas e países.

O ex-governador avalia que nunca teve “tanta intensidade” em sua atuação política, porque aumentou a sua participação em debates, seminários e reuniões virtuais, mas diz considerar que chegou a hora de não mais participar de eleições.

“Eu tenho uma presença política num conjunto de relações internacionais que eu sempre prezei, que eram particularmente fundadas na Espanha e Portugal e que agora estão muito consolidadas aqui na América Latina também. Eu também uma militância interna, aqui, também articulada. Eu sempre fui um homem de frente de esquerda. Tenho relações políticas com o PCdoB, com a direção nacional do PSOL e, claro, relações políticas e devo acatamento da direção do meu partido, o Partido dos Trabalhadores. Eu confesso que tenho uma convicção íntima de que é a minha hora de sair. Eu acho que a gente tem hora para entrar e tem hora de sair. Eu não me sinto absolutamente velho ou incapaz de assumir qualquer responsabilidade pública, nem temor do ponto de vista da saúde para participar de uma campanha eleitoral. Mas eu considero esgotada a minha participação eleitoral”, diz.

Tarso destacou que segue com interesses profissionais, como o seu escritório de advocacia, e que continuará atuando na política para a promoção de novas lideranças, como é o caso de Edegar Pretto, o pré-candidato do PT para concorrer ao governo do Estado nesta eleições.

“Eu nunca fui um político profissional. Eu sempre fui um político que me movi, inclusive em detrimento dos meus interesses pessoais, dos meus interesses profissionais, da minha banca de advogados, que foi uma banca muito saudável aqui no Rio Grande do Sul, uma banca grande, com colegas da mais alta competência, e dediquei 25 anos quase que ininterruptos para processos eleitorais dos quais eu participei ao longo desse período. Então, eu acho que está na hora de eu me retirar e impulsionar lideranças novas, lideranças mais jovens do que eu, que têm que se firmar no cenário político para uma nova etapa que nós vamos enfrentar a partir dessa eleição. E eu identifiquei, de maneira sincera, o Pretto como uma liderança com este porte. É uma pessoa preparada, uma pessoa que foi presidente da Assembleia, um deputado excelente, com uma tradição de respeitabilidade, inclusive entre os adversários, pela sua capacidade de ponderação, pela sua formação, eu identifiquei como a melhor possibilidade e fiz um trabalho com todos os meus companheiros aqui do partido, as lideranças superiores, intermediárias, para que nós tivéssemos um candidato dessa estirpe. E acho que a candidatura do Pretto vai se firmar, ele tem condições de ir para o segundo turno e vai ser uma grande revelação política aqui no Estado. E nós vamos estar juntos com ele, ajudando, para que ele seja um grande governador”.

Além de falar sobre a situação política no Rio Grande do Sul, Tarso também falou sobre a disputa presidencial, avaliando a aliança para a formação da chapa Lula-Alckmin, entre outros temas. Confira a íntegra do podcast nas plataformas abaixo:


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