Geral
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29 de março de 2022
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18:33

Agricultores familiares ocupam secretaria para exigir resposta sobre impactos da estiagem

Por
Luís Gomes
luisgomes@sul21.com.br
Representantes de movimentos sociais aguardam respostas da Secretaria da Agricultura | Foto: Divulgação/MST
Representantes de movimentos sociais aguardam respostas da Secretaria da Agricultura | Foto: Divulgação/MST

Integrantes de movimentos ligados à agricultura familiar no Rio Grande do Sul ocuparam na tarde desta terça-feira (29) parte da sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, em Porto Alegre, para exigir do governo estadual respostas sobra as ações prometidas para o combate aos impactos da estiagem para o setor. Participam da ação representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf-RS), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Coordenador da Fetraf- RS, Douglas Cenci diz que a pauta central dos movimentos é a liberação de duas ações que já foram anunciadas pelo governo. “Uma delas é um auxílio emergencial no valor de um salário mínimo por família para 137 mil famílias. E a outra medida é um crédito de R$ 10 mil por família, sem juros, que atingiria 40 mil famílias no Estado”, explica. “O problema é que essas medidas foram anunciadas em fevereiro e até agora não se concretizaram”.

Em vídeo divulgado nesta tarde, Cenci diz que os movimentos foram recebidos às 15h desta terça-feira pela secretária da Agricultura, Silvana Covatti, para tratar da implementação do auxílio emergencial e do crédito emergencial. “Infelizmente, mais uma vez, o governo do Estado não tem respostas concretas para nos anunciar”, disse.

Sem a resposta esperada, os movimentos decidiram permanecer na secretaria até que o governo tenha respostas a oferecer. “Possa nos dizer quantas famílias vão ser beneficiadas, com quanto recurso, para que a gente possa responder ao agricultor que já não aguenta mais essa situação”, diz Douglas.

No mesmo vídeo, Salete Carollo, integrante da direção nacional do MST, diz que os movimentos vêm dialogando permanentemente com o governo do Estado desde o ano passado por meio dos espaços institucionais. “A determinação nossa hoje é não voltarmos para casa sem uma resposta concreta da nossa pauta e daqueles pontos que ainda permanecerem qual é o prazo que este governo vai nos dar para atender a nossa demanda. Vamos permanecer aqui, podemos passar a noite, podemos permanecer até amanhã, mas vamos resistir aqui aguardando uma resposta concreta”.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Agricultura informou que Silvana Covatti irá levar a demanda dos movimentos para uma reunião do secretariado com o governador Eduardo Leite que ocorre às 18h30 desta terça e que poderá ter um retorno após o encontro.


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