
O Conselho Universitário (Consun) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS) aprovou na manhã desta sexta-feira (17) os nomes que vão integrar a nova comissão de combate ao racismo do órgão. O objetivo da comissão é criar mecanismos de recebimento de denúncias de casos de racismos que ocorram dentro da universidade.
“Essa comissão de combate ao racismo é um passo importante na luta antirracista. Recentemente, presenciamos um caso de preconceito na universidade em que um estudante de doutorado foi racista com outro estudante. Infelizmente, este não é um fato isolado. Não podemos mais aceitar, pois racismo é crime e a UFRGS não pode continuar naturalizando o preconceito”, diz a conselheira Tamyres Filgueira, que propôs a criação da comissão.
A comissão terá a responsabilidade de analisar as denúncias e, no caso de comprovação do crime de racismo, poderá encaminhar o pedido de expulsão do acusado da universidade.
Além disso, o grupo se empenhará em medidas de combate ao preconceito, como campanhas de conscientização e debates.
“Nosso compromisso com a educação e a sociedade tem que se dar na prática, por isso defendemos uma UFRGS antirracista”, diz Tamyres, que é coordenadora-adjunta do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, Indígenas e Africanos da UFRGS (NEAB UFRGS).
Além de Tamyres, que representa os servidores técnico-administrativos no Consun, outras cinco pessoas farão parte da comissão: Maria Luiza Saraiva Pereira (docente), Ana Paula Motta Costa (docente), Rafael Berbigier de Bortoli (técnico), Patrick Veiga da Silva (estudante) e Ítalo Pereira (estudante).