
O Sindicato dos Metroviários do Rrio Grande do Sul (Sindimetrô/RS), o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetrô/MG), o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindimetrô/PE), o Sindicato dos Ferroviários de Alagoas (Sinfe/AL) e o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Rio Grande do Norte (Sintefe/RN) ingressaram, dia 13 de agosto, com uma ação popular na Justiça Federal pedindo a suspensão da continuidade do contrato firmado entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Consórcio GPO-SYSTRA-CESCON-RHEIN, que tem por objeto a elaboração de estudos para desestatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb).
Na ação, os sindicatos apontam o que consideram ser um “flagrante conflito de interesse” da Systra Engenharia e Consultoria, integrante do referido Consórcio, pois mesmo com acesso a informações sensíveis e privilegiadas, no processo de desestatização da CBTU, aceitou prestar assessoramento à petroquímica Braskem, no contexto do litígio em curso entre a Braskem e a CBTU para indenização e reparação dos danos causados pela extração de sal-gema pela empresa petroquímica na cidade de Maceió (AL).
As entidades consideram que: (i) a atuação da Systra Brasil macula as negociações entre Braskem e CBTU; (ii) pode ocasionar prejuízo ao erário; (iii) atenta contra a moralidade da administração pública; (iv) há um de flagrante conflito de interesses da Systra Brasil com outras empresas do setor de mobilidade urbana, o que a torna suspeita na elaboração dos estudos técnicos do referido contrato.
No dia 16 de agosto, a Justiça Federal de Maceió determinou a intimação dos réus para manifestarem-se, no prazo de 72 horas, sobre o pedido de liminar feito pelos sindicatos.